O maior e mais forte campeonato do mundo tornou-se um dos mais sofríveis de acompanhar. Em meus anos assistindo voleibol italiano, nunca vi nada parecido: ninguém consegue fazer frente ao Imoco Conegliano, invicto há 49 partidas.
Dessas 49, 23 estão na atual temporada do Italiano: foram 16 jogos vencidos por 3 a 0 e sete jogos vencidos por 3 a 1. O Conegliano não sabe o que é jogar um tie-break no Italiano, 69 pontos disputados, 69 pontos conquistados.
Hoje entrou em quadra contra o Novara, segundo colocado. A diferença de pontos entre eles era de 11 pontos até a partida, o Novara já havia perdido três vezes e hoje perdeu a quarta, Conegliano 3 a 0.
O Novara lutou, mas em mais um dia fraco de Chirichella e Smarzek e com Bosetti sendo marcada, só Herbots conseguiu se sair bem. O jogo ficou tão bucólico que no terceiro set, Stefano Lavarini tirou todas as suas titulares de quadra para poupá-las para o confronto da Champions na terça-feira.
Enquanto Smarzek deixou a quadra com 25% de aproveitamento, Egonu deixou com 60%. Aí fica muito desigual! A polonesa é peça-chave para que o Novara possa sonhar em bater de frente com o gigante rival. E não consegue.
Paola Egonu ataca contra bloqueio duplo do Novara; oposta foi a maior pontuadora do jogo (Foto: Imoco Volley) |
Não é demérito só do Novara: Monza, Scandicci, Chieri, Busto Arsizio, ninguém consegue bater de frente com o gigante de Villorba. A disputa ficou boa e acirrada pelo segundo lugar, porque o primeiro já está garantido. Até a luta pelo rebaixamento está mais empolgante.
Nada disso é culpa do Cone, seu único demérito é ser bom demais, uma equipe completa, bem treinado, com algumas das melhores do mundo em várias posições. O problema é que ninguém quer acompanhar um campeonato onde já se sabe o resultado. Qual é a graça da vitória certa e sem competitividade?
Ninguém consegue mais tomar o primeiro lugar do Conegliano, mas ainda acho possível que Novara e Busto Arsizio façam frente ao gigante nos playoffs. Porém, todo seu elenco tem que funcionar em seu melhor - o que ainda não aconteceu.
O vôlei dá muitas voltas e tudo pode mudar. Mas por enquanto, todas elas giram em torno do Conegliano, assim como um dia foi o Suíço ou o Francês - que hoje em dia são mais equilibrados do que o Italiano.
Pior que ano que vem vai ser igual, já que o Cone vai basicamente manter o mesmo time. O jeito é acompanhar a Champions.
ResponderExcluirO campeonato só termina quando acaba, o próprio Cone já ficou sem ir pra final tendo dominado a fase classificatória de um campeonato italiano alguns anos atrás.
ResponderExcluirEm 2019, ganhou todas as partidas da final contra o proprio Novara, os dois times fizeram a final da Champions e o resultado óbvio seria Vitória do Cone, que perdeu por 3 x 1, o Novara ganhou até com certa facilidade aquele jogo.
O Osasco passou invicto em uma superliga até a Semi quando perdeu as 2 partidas.
O Toray estava invicto no japonês e perdeu a final.
Na final de Londres 2012, os EUA eram muito favoritos o Brasil foi freguês delas durante praticamente todo o ciclo, mais venceu aquele jogo por 3x1 com certa facilidade.
Acho que nos playoffs todo mundo vai jogar tudo contra esse time do cone e podemos ter surpresas, pois aí já será outro campeonato onde vale a sobrevivência e são atletas de auto nível envolvidos não Acho que será fácil.