Quem são as 4 brasileiras naturalizadas que protagonizaram suspensão de Ruanda do Africano?

Um verdadeiro escândalo vem atingindo o Campeonato Africano de Voleibol nesta semana. Seu epicentro é Ruanda, a seleção anfitriã do torneio, dirigida pelo técnico brasileiro Paulo de Tarso. 

Supostamente por intermédio do treinador, o país decidiu naturalizar quatro jogadoras brasileiras, o que acabou fazendo com que o nível de sua seleção subisse. 

Seleção de Ruanda passou a ser dirigida por Paulo de Tarso em 2021 (Foto: reprodução)


Mediante a isso, os adversários de Ruanda no Grupo A, Nigéria, Marrocos e Senegal, registraram uma denúncia na Confederação Africana (CAVB) por irregularidades do país nos processos de naturalização. 

A CAVB acatou a denúncia, confirmada nesta sexta-feira pela Federação Internacional (FIVB). Ruanda foi suspensa do Campeonato Africano e todos os seus jogos serão classificados como derrotas por 3 a 0.

Quem são as jogadoras?

As quatro atletas naturalizadas pela seleção de Ruanda são brasileiras em quatro posições:

Aline Siqueira (Wime): oposta de 32 anos que joga no Maccabi Nazareth de Israel desde 2019. Foi a maior pontuadora de Ruanda nos dois jogos com 19 pontos em ambos. Sua última passagem no Brasil foi na temporada 18/19, quando defendeu Curitiba. Também já atuou por São Caetano, Rio do Sul, São Bernardo, dentre outros.

Bianca Moreira: experiente ponteira de 42 anos, renovou recentemente seu contrato com o Clube Campestre para a disputa da Superliga C. Só foi titular contra a Nigéria, quando marcou 15 pontos. Tem vasta experiência, inclusive por grandes clubes, tendo atuado em Osasco, Rio de Janeiro, Minas, Pinheiros, Valinhos, Balneário Camboriú, Campinas, Rio do Sul e Mackenzie.

Wime e Bianca vibram durante primeira partida do Africano (Foto: CAVB)


Mariana Barreto: levantadora de 28 anos e titular absoluta da seleção ruandesa. Mariana ainda joga no Brasil, defendendo o Unilife Maringá. Também já atuou por clubes da Superliga principal, como o Renata Valinhos, o Brasília Vôlei e o extinto Flamengo.

Caroline Taiana Apolinário: central de 28 anos, tem uma carreira profissional mais modesta, longe da Superliga nacional. Seu último clube do qual encontramos registro foi o XI de Agosto, da região de Sorocaba. Em Ruanda é titular e tem 20 pontos em dois jogos.

Ex-Brasília, Mari Barreto é a levantadora titular de Ruanda (Foto: CAVB)

Ruanda pode fazer isso?

Não existe nenhuma regra que limite o número de jogadoras que podem ser naturalizadas por uma seleção, a não ser que elas tenham defendido a seleção adulta de seus países. Não é o caso de Wime, Mari, Camila e Taiana.

No entanto, essas jogadoras precisam acatar algumas regras, como mudar de federação e comprovar residência ou trabalho no país de origem por um número específico de meses. A alegação dos rivais da anfitriã é que Ruanda não cumpriu esse prazo.

Ruanda está suspensa, assim como sua Federação e consequentemente eliminada do Africano. A seleção havia conquistado uma inédita classificação à semifinal. A FIVB também recomendou à CAVB que aplique punições e acione o Ministério dos Esportes ruandês. 

A pergunta que fica é: como a CAVB aceitou os registros de quatro jogadoras supostamente  irregulares? A Federação Ruandesa (FRVB) já entrou com recurso para anular a decisão.

Se confirmada, infração pode tirar Ruanda das competições da FIVB por anos (Foto: CAVB)


Com informações de World Of Volley e The New Times

Comentários

  1. Os burocratas da CAVB erraram, por negligência ou incompetência. Cabe a entidade a responsabilidade de checar e analisar a documentação das atletas estrangeiros e de acordo com as normas da FIVB, reter ou liberar. Houve falha sim.

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  2. Gustavo, obrigado por divulgar informação de outros centros do voleibol, no caso o africano.

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  3. Quem sou eu pra julgar, mas essas 4 brasileiras e o técnico demonstraram ser péssimos profissionais. Profissionais medíocres não merecem vida longa no esporte. A conta uma hora chega, e chegou mais cedo que esses indivíduos que nunca conseguiram nada por méritos próprios esperavam.

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  4. Rapaz, se fizessem isso com o futsal só ia restar umas três seleções. Só tel brasileiro nas outras seleções, parece um Brasileirão.

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  5. Nenhuma surpresa, vindo de um treinador como o embuste de Tarso!

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  6. Grande Wime. Para quem não se lembra, Wime é aquela que deu na cara da Herrera há bastante tempo. Só não tenho certeza se Herrera jogava pelo Praia Clube ou pelo Minas. Só sei que provocou tanto que a Wime se irritou e deu um tapa na cara dela. kkkk

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