Roberta foi escolha certa do Brasil, enquanto a Sérvia paga pelos seus erros

Se ainda restava alguma dúvida sobre a escolha de Roberta Ratzke como segunda levantadora da seleção, ela foi sanada no último sábado, quando o Brasil fez uma grande partida diante da Sérvia, vencendo-a por 3 sets a 1 (25-20, 25-16,  23-25 e 25-19).

O Brasil teve uma ótima distribuição e também teve a melhor atuação de Tandara em Tóquio. Roberta é melhor para ela, o Brasil perde no jogo das centrais, mas ganha no entrosamento entre as duas. O estilo de Roberta sempre foi o de usar bastante a sua oposta, de bolas mais altas o que é bom para Tandara. 

Roberta fez grande jogo em sua primeira partida como titular (Foto: FIVB)

Além disso, Gabi e Fernanda Garay mantiveram o alto padrão de jogo. Garay é hoje a melhor atacante da Olimpíada em eficiência.

Já a Sérvia definha nos erros de seu técnico: não ter convocado Stevanovic e ter cortado Lazovic são os dois maiores que ficaram óbvios no primeiro encontro com uma seleção do topo. Assistimos a mais uma partida de distribuição fraca de Ognjenovic, sofrendo com o baixo rendimento de suas atletas. Mihajlovic repetiu o baixo nível que teve por clubes, Milenkovic, coitada, ainda está voltando a pegar o ritmo que perdeu durante a lesão.

Terzic se descontrolou, tirou Ognjenovic no quarto set depois de uma tática errada. Mirkovic entrou muito mal, como todo mundo esperava, e o sérvio precisou perder seu orgulho para retornar com Maja. As escolhas de Terzic só não pesam mais porque Boskovic segue no seu auge, jogando como a melhor atacante do mundo. Foram 32 pontos em 4 sets e olha que o Brasil fez o possível para pará-la.

A Sérvia está enfraquecida com relação ao seu Mundial, no entanto, não dá para desprezar um time que tem uma atacante como Boskovic.

Boskovic segue sobrecarregada na disribuição (Foto: FIVB)