Fracasso olímpico, críticas de Mazzanti e lesão de Caterina: Itália junta pedaços para disputar o Europeu

Uma fratura engessada: foi assim que o técnico Davide Mazzanti definiu a situação da Itália pós-Olimpíada. Vice-campeão mundial em 2018, o técnico tinha em suas mãos a esperança de quebrar um tabu histórico: levar a Itália a uma semifinal olímpica pela primeira vez. Com teor de favoritismo, fracassou e a azurra caiu mais uma vez nas quartas. Não deu tempo nem de lamentar: a Itália precisa voltar para disputar o Europeu.

A acusação de Mazzanti

Logo após a eliminação, Mazzanti deu uma declaração polêmica que acabou criando um clima péssimo com suas comandadas. O técnico disse: "Eu falei com elas para se afastarem das redes sociais, tentar romper com tudo ao seu redor porque funciona como um visgo, lodo. Não perdemos por causa disso, pelo amor de Deus, mas devemos crescer deste ponto de vista". 

Davide Mazzanti criticou uso de redes sociais por suas atletas (Foto: reprodução/OASports)


A Itália de Mazzanti foi muito criticada pela queda contra a Sérvia, inclusive pelo bicampeão mundial e vice-campeão olímpico com a seleção masculina, Julio Velasco. O ex-treinador apontou como erros de Mazzanti pular a VNL e principalmente suas escolhas de ponteiras. 

Mazzanti disse respeitar a opinião de Velasco, mas declarou que pulou a VNL pelos problemas físicos que tinha no grupo e pelas regras restritivas da bola de Rimini. Sobre as escolhas para Tóquio, disse que não se arrependia de nenhuma e faria as mesmas novamente.

Lesão de Caterina

Ainda na sua onda de azar, a Itália perdeu na última semana a ponteira Caterina Bosetti, sua principal jogadora no passe e única titular absoluta para a posição. Cate sofreu uma fratura em um dos dedos do pé e foi afastada de quadra.

Fratura no dedo do pé deixou Caterina Bosetti de fora do Europeu (Foto: reprodução)


Além de Bosetti, Mazzanti já havia definido seu elenco repetindo outras 9 das 12 olímpicas: Orro, Malinov, Egonu, Pietrini, Sylla, Chirichella, Danesi, Fahr e De Gennaro. Saíram do grupo suas duas convocações mais polêmicas: a central Folie e a ponta-oposta Sorokaite, segundo ele, previamente combinado.

Voltaram à azurra a ponteira Gennari, corte olímpico mais criticado pelos italianos, e a segunda líbero Parrochiale. Para substituir as desistentes do Europeu, foram chamadas a central Bonifacio e a oposta Nwakalor. Com a lesão de Caterina, a promissora D'odorico foi chamada de última hora.

Corte de Mazzanti mais criticado, Alessia Gennari ignorou mágoa e voltou para jogar o Europeu (Foto: reprodução) 


Comentários

  1. Técnico fraco demais. Convocação ruim.

    Falem o que quiser de Karch Kiraly e Zé Roberto Guimaraes, mas suas seleções cometem pouquíssimos erros

    ResponderExcluir
  2. Foi sempre assim: a Italia tem times ótimos, mas por burrice ou por vaidade de seus técnicos, elas ficam para traz. Desde Barbolini é assim: convocações polemicas, colocando culpa nas jogadoras pelo fracasso, fazendo brigas internas ( vide Picinini ).

    ResponderExcluir
  3. Esse europeu tá com um cheiro fortíssimo de zebra!

    ResponderExcluir
  4. Essa dupla de levantadoras era o vai-vem da treva! Não sei qual é a pior!!!

    ResponderExcluir
  5. A Itália não joga mais com a seriedade que jogou o mundial de 2018, acho que o fato de a seleção do campeonato ter contado com quase todas as titulares da seleção subiu à cabeça.
    Malinov foi de futura melhor do mundo a uma das piores levantadoras, Egonu erra mais hoje do que quando tinha 17 anos e até De Genaro não foi a mesma.
    Será preciso muita psicologia para recuperar a concentração dessa seleção, e concordo com o Mazzanti, largando as redes sociais já será um bom recomeço, é só olhar as páginas das atletas, em Tóquio, tinha até postagem de foto na praia.

    ResponderExcluir
  6. "Sobre as escolhas para Tóquio, disse que não se arrependia de nenhuma e faria as mesmas novamente."

    Claro, é super coerente levar 4 centrais para uma Olimpíada sendo que uma delas sofre com lesões que parecem não ter fim. Isso tirou a vaga da Gennari. Fora que confiar uma das pontas em Pietrini, Sylla ou Sorokaite foi uma burrice sem tamanho. Era óbvio que nenhuma delas seguraria a pressão, especialmente no fundo de quadra. Outro erro foi crer excessivamente que Egonu carregaria a Itália nas costas como Bosko fez com a Sérvia.

    ResponderExcluir
  7. O que o Monza fará com Stysiak e Van Hecke? A polonesa na entrada é um desperdício e não rende bem.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Oi, gente!

Obrigado por comentarem aqui, mas peço que vocês façam isso com respeito para mantermos um nível de discussão agradável. Ofensas pessoais à jogadoras e a outros membros não serão aceitas. É um prazer voar com vocês! ;)