Faz pouco mais de um mês que falamos aqui no blog sobre sobre as várias desafetas do técnico da Turquia, Giovanni Guidetti. Nesta lista se incluem nomes como a ponteira Oszoy e as líberos Orge e Karadayi. Agora, depois de uma campanha de altos e baixo em Tóquio, essa lista parece ter aumentado.
Uma possível surpresa nessa lista é o nome de Kubra Akman, central de 26 anos e 1m98, central que atua pelo Vakifbank desde 2013. Bem, não sabemos se isso continuará sendo assim.
Giovanni Guidetti ao lado de Kubra Akman em coletiva de imprensa da VNL 2019 (Foto: FIVB) |
Como Guidetti ignorou Akman em Tóquio
Tudo começou com a notável exclusão de Akman nos Jogos Olímpicos, torneio que ela acabou de "disputar". Faço essa afirmação entre aspas porque a central não entrou em nenhum dos seis jogos da Turquia na Olimpíada.
E nem falo de titularidade, Akman nem pisou em quadra durante os jogos da Olimpíada. Foram 25 sets jogados e a central não entrou em nenhum deles, sequer para aumentar o bloqueio ou efetuar seu saque que é corriqueiramente bom.
Nos jogos contra Coreia, Rússia e Estados Unidos, Guidetti usou todas as 11 atletas, sempre excedendo Kubra, que não pôde atuar nem mesmo contra a mais frágil Argentina.
Akman (ao fundo) assistiu do banco a eliminação das companheiras, jogo em que as outras 11 atletas atuaram (Foto: FIVB) |
Corte para o Europeu
Como se não bastasse ter deixado a central sem jogar em Tóquio, Guidetti foi além e cortou a central da disputa do Campeonato Europeu. Akman foi deixada de fora assim como a levantadora Naz Akyol (tem história com ela também, conto no final) e a ponteira Seyma Ercan.
Para as vagas de central foram convocadas Yasemin Guveli, 5ª na lista de sucessão olímpica, e Belis Baskir, em sua primeira convocação da carreira.
Ercan lamenta eliminação olímpica ao lado de Akman; jogadoras não disputarão o Europeu (Foto: Reuters) |
A foto, a polêmica e o apoio de Gozde
No último sábado (14), após ser cortada, Kubra Akman publicou uma foto nas redes sociais em tom de despedida: "Foi um prazer servi-la (a seleção), espero que cada lágrima derramada tenha valido como um sacrifício", disse a central.
Por lá, recebeu o carinho de centenas de pessoas e de várias colegas e ex-colegas, incluindo a ex-capitã turca Gozde Kirdar (Sonsirma). Gozde, braço direito de Guidetti no Vakifbank, não passou ilesa da crítica da apaixonada torcida turca.
Um anônimo respondeu ao comentário da ex-capitã, que dizia "esse é o seu melhor técnico do mundo? Que não deixou Kubra jogar por um ponto sequer? Podemos criticá-lo por isso? Você nos autoriza?". Gozde surpreendeu e respondeu singularmente: "sim!".
Os comentários de fãs continuaram: "Se você não se levantar contra essas injustiças, você será injusta com as meninas que a tem como exemplo". Mais uma vez a ex-jogadora respondeu: "Quem te disse que eu não fiz isso?".
Aparentemente, nem a super estrela turca está satisfeita com Guidetti.
Até mesmo Gozde Kirdar mostrou-se insatisfeita com algumas atitudes de Guidetti (Foto: divulgação) |
O rumor sobre Akman fora do Vakifbank
Apesar de ter seu contrato renovado com o gigante turco Vakifbank SK, existe um rumor de que Akman pode deixar o clube por rescisão mútua. O motivo, claro, seria o relacionamento desgastado com Guidetti.
Como dito, Kubra joga por lá desde 2013 e irá à sua 9ª temporada consecutiva, caso se confirme sua permanência.
O mesmo caminho de Ozge
O que aconteceu com Akman é muito semelhante ao que aconteceu com a líbero Gizem Orge. Seu suposto desentendimento com o técnico foi na temporada passada, quando acabou sendo jogada no banco para a bem menos talentosa Ayka Aykaç.
E não parou por aí! Em 2021, Guidetti não convocou Orge para a seleção e, pior ainda, convocou Aykaç - é praticamente unânime que a Turquia tem pelo menos três líberos melhores do que ela.
Orge acabou sendo dispensada do Vakifbank após 8 temporadas consecutivas - ela começou a jogar por lá em 2013, mesmo ano de Akman.
Gizem Orge abraça Kubra Akman; líbero e central começaram no Vakifbank em 2013 (Foto: Getty Images) |
Os rumores sobre um desentendimento com Naz Akyol
Ninguém sabe o que é verdade ou não nessa história, mas comenta-se que o técnico também se desentendeu com a experiente levantadora Naz Akyol. Naz deixou o Japão antes do restante da equipe e a informação é de que ela teria pagado do próprio bolso para isso.
Guidetti disse que já estava pré-acordado que ela não jogaria o Europeu, mas não comentou os motivos de sua saída antecipada. Naz também não se manifestou.
Sinto uma revolta com essa história da Örge, ela no banco na final contra o Conegliano, muito provável por causa desse desentendimento com o Guidetti.
ResponderExcluirAkman deveria já ter saído do vakif temporadas passadas, porque faz tempo que ele não a usa. Deveria ir para o Eczacibasi já que sofre tanto com centrais fracas.
ResponderExcluirComo essa federação permite e mantém um técnico desse que só prejudica a seleção do país???
ResponderExcluirSe os Turcos fossem inteligentes contratariam Lavarinni
ResponderExcluirConcordo demais!
ExcluirAlguém tem link para os jogos do europeu?
ResponderExcluirTbm gostaria muito de ver os jogos . Se alguém conseguir o link poderia passar por favor
ExcluirGuidetti saiu do comando da Holanda para a Turquia e n rende nada. A Turquia precisa d eul novo técnico isso sim, e tem bons no mercado. Vide: Lavarini, Rizola, até o Luizomar.
ResponderExcluiro cara é audacioso demais, sai da casa dele e vai pra um país cheio de fanáticos extremamente críticos pra ficar se desentendendo e tirando o espaço de jogadoras boas, que poderiam realmente contribuir, pouca panela
ResponderExcluirEle é péssimo,e pouco profissional
ResponderExcluirDá pra entender pq ela não entrou em quadra nas Olimpíadas né, em todos os jogos da Turquia na competição a Erdem e a Gunes eram as mais regulares e as que passavam maior confiança em quadra, não tinha pq a Akman entrar.
ResponderExcluirTurquia conseguiu perder um set pra seleção "amadora" da Romênia na abertura da CEV, esse time turco não tem equilíbrio nenhum.
ResponderExcluirElas perderam o set para a Romênia porque o Guidetti não colocou a Baladin do começo e se recusou a mexer no meio do set. Senão, teriam ganhado. Hoje contra a Suécia fiquei impressionada como ele conseguiu mexer direito, escolhendo Boz em vez de Karakurt pela precisão e maturidade das decisões, tirando Meliha que não estava rendendo e principalmente tirando Gunes, que é uma jogadora extremamente útil e boa, mas bloqueio não era a forma de ganhar o jogo com Haak como atacante: precisavam de ataque e defesa traseira. Agora eu fico com ódio dele gritando com elas nos intervalos. Eu vendo o Guidetti da Suécia ser super gentil com o time e esse cavalo gritando com elas, só faltou xingar.
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