Vexame no Polonês: Wisla entra em quadra com 4 centrais e 2 ponteiras

O que tinha tudo para ser um projeto dos sonhos para os fãs da cidade de Varsóvia, acabou por se tornar um pesadelo. Depois de muitos anos sem um representante em sua liga principal, a capital polonesa depositou toda a sua esperança no Wisla Warsava, do presidente Grzegorz Kulikowski. Mas essa esperança caiu por terra rapidamente.

Hoje (25), o Wisla protagonizou um verdadeiro vexame no campeonato nacional: o time entrou em quadra com apenas seis jogadoras, quatro centrais e duas ponteiras. Resta à equipe o total de sete jogadoras, mas uma delas é a ucraniana Olena Novgorodchenko, proibida pela CEV de atuar pelo time.

O Wisla já havia perdido o jogo anterior por WO e se perdesse novamente por esse motivo seria automaticamente excluído do Campeonato Polonês. A única medida possível foi colocar as seis jogadoras em quadra. O resultado foi uma derrota rápida por 3 sets a 0 (25-13, 25-16, 25-13) para o vice-líder Skyres Rzeszow. A central Katarzyna Urbanowicz teve que atuar como levantadora e a outra central Aleksandra Szymańska jogou como oposta passadora.

Wisla Warsava jogou com as ponteiras Marcyniuk (6) e Mikolajewska (8) e com as centrais Polec (10), Marcyniuk (3), Urbanowicz (7) e Szymanska (9) (Foto: reprodução/LSK)

Cadê o restante do elenco?

Parte dele pediu demissão. Sendo mais específico, três delas: a ponteira brasileira Nikolle Del Rio, a também ponteira e principal pontuadora do time Aleksandra Lipska e a levantadora Katarzyna Olczyk. Também não estão com a equipe a líbero Adrianna Adamek e a oposta brasileira Joyce Gomes

Mas quem pode culpá-las, já que Kulikowski "ofereceu"uma redução de salário para todo o elenco? Só quem aceitou continuou com o time e as demais tiveram que pedir demissão. O próprio presidente teve a coragem de dizer isso em entrevista...

Mas de onde vem essa crise?

De um pagamento não realizado à sérvia Mirjana Djuric, dois anos atrás. O presidente alega que Djuric se apresentou antes de fornecer uma autorização da justiça polonesa para trabalhar no país, documento que segundo ele só poderia ser emitido por ela. Sem essa declaração, ela não pôde receber dois meses de salário, até que a situação se regularizou. 

A jogadora entrou contra o clube na CEV e Kurninkowski aceitou pagá-la, liberando a situação da equipe no final de dezembro. Porém, a conta da Alemanha que a jogadora forneceu para o pagamento não existia e o dinheiro retornou. Assim, a CEV voltou a aplicar a sanção contra as estrangeiras do Wisla, que já haviam estreado.

Todo esse drama fez com que o time não se estabelecesse, não pudesse usar suas estrangeiras e perdesse alguns patrocinadores.

Wisla chegou a atuar completo por poucos jogos e foi novamente sancionado pela CEV (Foto: Ryszard Glapiak)

Comentários

  1. Uma tremenda falta de organização desse time. Um país que tem crescido bastante no cenário internacional mas que, dentro de casa, ainda precisa arrumar bastante coisa. Não vai muito longe. Aqui no Brasil, no mínimo três equipes também passam por grave crise financeira na SL A. Sem contar os que abandonaram a competição por falta de recurso. Um desrespeito com o esporte.

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