Ravva e Divoux: duas razões pela qual Ngapeth não deveria criticar Leon

As declarações do ponteiro francês Earvin Ngapeth sobre o atacante Wilfredo Leon geraram polêmica na última semana. Leon, nascido cubano, desertou do país e pediu asilo à Polônia, manifestando ainda o desejo de atuar pela sua seleção. Passados os dois anos exigidos de carência pela FIVB, o pedido foi aceito e Leon está apto a defender a Polônia. 

Ngapeth não gostou e declarou ao site polonês Przegląd Sportowy que ficou surpreso com a aceitação da Polônia pela naturalização de Leon. "É injusto. Ele é cubano! Ele nasceu lá, jogou no time nacional de Cuba durante torneios importantes e agora ele vai jogar por outro país? Eu não entendo isso e acho que a maioria das pessoas pensa da mesma maneira", disse o francês.

O assunto é polêmico e divide as opiniões. Mas se tem uma federação que não pode questionar essa atitude é a francesa. Sinceramente desconheço o histórico do time masculino, mas provavelmente Ngapeth não assistiu à maior estrela do país no vôlei feminino, que pode contradizer essa declaração. Victoria Ravva nasceu em Tbilisi, na Geórgia. Aos 14 anos, Ravva foi chamada para defender o extinto BZBK Baku, do Azerbaijão, onde iniciou sua carreira. Por lá, a central federou-se azeri e chegou a defender a seleção do país em 1994 durante o Campeonato Mundial do Brasil. 

Victoriia Ravva chegou a defender o Azerbaijão e depois atuou pela França (Foto: reprodução)


No ano seguinte, Ravva foi contratada pelo Racing Club de Cannes, onde passou 20 anos de sua carreira, foi bicampeã da Champions League e 14 vezes campeã francesa. A identificação com o país foi tão grande que a central naturalizou-se francesa e defendeu a seleção entre 2004 e 2007. Ou seja, Ravva tem tripla nacionalidade: georgiana, azeri e francesa. Mas lembrem-se, o limite de federações é de duas, no caso dela, ela nunca defendeu a Geórgia. Ravva aposentou-se em 2015.

Se Ravva ficou na história da França, Aziliz Divoux quer entrar. A levantadora nasceu em Uccle, na Béglica e é filha de pai francês. Em 2017, Divoux foi contratada para substituir a grega Papafothiou (que saiu para o Conegliano) no francês Mulhouse, que jogaria a Champions daquele ano. Foi lá que Divoux e a FFVB (Federação Francesa) começaram seu namoro, encabeçado pela ex-jogadora Magali Magail, na época técnica do Mulhouse.

O objetivo era (e ainda é) simples: a França já tem vaga garantida para a olimpíada de 2024, que sediará em Paris. O sonho de Divoux é disputar uma olimpíada, o que fica complicado na Bélgica, principalmente por ser preterida por Ilka Van De Vyver e Jasmine Biebauw, que são mais experientes. Com a naturalização pretendida e mais experiência internacioal, Divoux defenderia a seleção francesa na olimpíada sem muita concorrência. O desejo da jogadora não é secreto e até a própria organização de sua liga já assumiu esse interesse. Ainda não há nada oficial e Divoux até chegou a ser pré-inscrita pela Bélgica no classificatório do Europeu em 2018, mas não atuou. Se desejar se naturalizar e defender a França, tem que se afastar por dois anos da Bélgica.

Sonho de Aziliz Divoux é jogar uma olimpíada e França pode aproximá-la da realidade (Foto: reprodução)


Ravva e Divoux são apenas dois nomes da história, dos quais Ngapeth não se lembrou. Aliás, Ravva é maravilhosa, lendária e desejamos muito sucesso ao futuro de Divoux. Mas é preciso que lembremos do tema. Aguardem a continuação!

Comentários

  1. To fly é história também, pisou na cara do ministro das relações exteriores (Ernesto Araujo) que teve a audácia de dizer que nazismo e fascismo é coisa de esquerda, claro que um assunto não tem nada haver com outro, porém, mostra ignorância de ambos a falar sobre assunto na qual nem Ngapeth e muito menos Ernesto Asno tem conhecimento hahaha.

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  2. Esse francês toqueiro sempre armando barraco.

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  3. Provavelmente ele não assiste os jogos da seleção francesa de futebol neh, pq..... rsss

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  5. Ele tá é com medinhio da Polônia que foi campeã mundial sem Leon e agora em 2019 pode ser uma peça fundamental pela hegemonia polonesa no europeu.
    Tomara que Leon dê uma medalhada nele, tal qual fiz com a maja na rio2016 hahahaha
    Bjus da mvp :*

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  6. Na minha opinião ele è um jogador bastante superestimado já vi jogadores no masculino mais técnicos que ele,a sorte é que ele teve a sorte de jogar com a melhor geração da França.E no mundial ele levou tanto toco que foi até engraçado.

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  7. Jogador mimado, marrento, arrogante e superestimado. Cala a boca e vai jogar!

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  8. Concordo com o francês Ngapeth. Leon e demais cubanos que pretendem defender outras seleções deveriam jogar pela seleção cubana!!! Fiquei surpreso por Leon ter sido aceito pelos demais jogadores brancos e loiros da Polônia!!! É histórico!!! Não tem precedentes ver o Leon em quadra pela tradicional POL - um pais de origens completamente diferentes e opostas ao povo cubano. Leon não tem ascendência nenhuma com o povo polonês!!! Eu já tinha comentado que Leon não seria aceito por Kubiak e colegas. Do mesmo jeito que vários da seleção do BRA não irão aceitar o Leal!!! O Mundo do Volei de olho no duelo de Titãs pela semifinal da Champions League Masculina: Leon ex Kazan X Ngapeth e Mikhaylov do Kazan.

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    1. Olha que comentário preconceituoso e ridículo! Se fosse adotar essa lógica de ascendência tanto Leon quanto o próprio Ngapeth tem ascedência "AFRICANA". E isso não quer dizer nada! Cada jogador joga pelo país que quiser! León para jogar por CUBA teria que topar ser escravo da ditadura cubana! Pois quando um cubano vai trabalhar fora de CUBA, os alário que ele recebe tem que ir para o governo e a ditadura cubana só repassa uma merreca. Seria um caso semelhante ao médicos cubanos do "Mais Médicos" em que o governo cubano ficava com os salários dos médicos e só repassava uma merreca pra eles. Os jogadores cubanos não nasceram para serem escravos de uma ditadura, por isso eu apóio que eles sejam livres e joguem pela seleções que quiserem mundo a fora, pois uma pessoa nasceu para ser "livre" e não escrava de uma ditadura comunista!

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    2. O preconceituoso e outro de extrema direita o triste mesmo é que ambos são anônimos, mais claro que me assustei com o primeiro comentário, já vi várias coisas por aqui mais um comentários deste nível estou boquiaberto

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    3. Eu tô estarrecido com o comentário acima... o_o

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    4. Boa Tarde Bruno Almeida, só porque o Anônimo das "02:09h" é contra o que a ditadura cubana faz com os jogadores cubanos ele é de extrema-direita? Afinal defender a liberdade de ir e vir e de usufruir o salário fruto de seu trabalho sem que ele seja confiscado pela ditadura comunista cubana é ser de extrema-esquerda?
      Para a ditadura comunista cubana, o trabalhador cubano tem que trabalhar para sustentar a ditadura, ou seja, é praticamente um trabalho escrava no qual o governo ditatorial suga sua própria população.
      Por que muitos cubanos estão impedidos pela ditadura comunista de jogar pela seleção cubana? Porque esses cubanos querem ser livres e não escravos de um governo opressor.
      A contrapartida para que um jogador jogue pela seleção cubana é que seu salário seja controlado pelo governo. Com aconteceu com os médicos cubanos que vieram trabalhar no Brasil mas continuavam escravas da ditadura comunista, o governo brasileiro pagava o salário dos médicos cubanos direto para o governo cubano e o governo cubano passava somente uma micharia ao médico. Além disso, os me´dicos cubanos não tinham liberdade de escolher onde queriam passar suas férias, como conhecer Angra dos Reis ou Fernando de Noronha... Os médicos cubanos eram obrigados a voltar para Cuba nas suas férias, não tendo liberdade de curti-las onde quisessem.
      Agora imagine o absurdo de um jogador como o León para poder jogar por Cuba ter que submeter seu salário ao controle da ditadura comunista... Pois em Cuba, pra vc jogar pela seleção vc tem que se submeter a um total controle do governo, vc não pode ter vida própria, vc não é livre, vc é apenas uma marionete da ditadura cubana se vc quiser jogar pela seleção cubana.
      Imagina se Tandara, que joga no exterior, tivesse que submeter seu salário e sua vida ao controle do governo brasileiro se quisesse jogar pela seleção brasileira, não seria um absurdo?
      É por isso que defendo que o León jogue sim pela Polônia, que Juantorena jogue pela Itália, que o Leal jogue pelo Brasil etc... Eles podem defender outras seleções sim. Isso porque esses jogadores merecem ser livres e não escravos de uma ditadura comunista.

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    5. Esclarecendo que eu jamais irei defender extremistas da direita, fascistas. Não votei neste nefasto Bosonaro e não concordo com ele. Tem ministra louca e partidários contraditórios. Que vá comemorar este dia terrível "31/03/64" em que a Ditadura Militar chegou ao poder!! Que vá idolatrar o presidente USA, mas sem nos humilhar aos Estados Unidos! Minha opinião foi que concordo com Ngapeth sobre o caso de Leon e aqui no Brasil sobre o Leal. Quanto aos atletas cubanos é bem polemico. Mas lá em Cuba o Estado banca completamente a formação do atleta! Ele obtêm desenvolvimento técnicos; estudos; acompanhamentos de físico e treinamentos gratuitos. Ao final tem que recompensar o Estado. Quando formados profissionalmente tem que contribuir financeiramente para que o Estado continue apoiando, descobrindo, treinando novos atletas. É um ciclo. Porém, acho que as jogadoras e os homens deveriam jogar em clubs pelo mundo e mesmo assim jogarem pela seleção. Leal;Leon;Simon; outros 2 cubanos que jogam em clubs argentinos, o Sanches aqui no BRA e tantos outros deveriam jogar na seleção de Cuba. A fIVB é omissa porque não apoia a Federação Cubana.

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  9. Minha opinião foi embasada em situações recorrentes na POL - ou naquela região do leste europeu. vejam que nunca um jogador com as características do Leon atuou como atleta da Seleção Poloneza! Nunca houve esse precedente!!! Não sou que eu que afirmo, mas sim a realidade deles!!! Vcs lembram da jogadora brasileira que foi discriminada na Rússia? por questões raciais. Então, trata-se de um continente extremamente xenófobo. E isso se reflete no vôlei. Por isso o Ngapeth fez esse comentários de que o Leon e os demais cubanos deveriam jogar por Cuba. Na FRA por exemplo, a seleção francesa de futebol que venceu a Copa do Mundo foi/estar completamente descaracterizada!! é uma seleção de refugiados!!E o vôlei não pode ter o mesmo destino. Vejam que PARIS com todo aquele requinte; sofisticação, toda aquela pompa e elegância que a cidade tem estar ameaçada de perder todo seu legado e status de cidade glamourosa e tudo mais por aqueles refugiados que badernam e migraram para a França! E o vôlei não pode ser vitrine, ao integrar nacionalidades culturais opostas numa mesma seleção! Se a POL não chegar a final do Europeu este ano e se a França não brecar a POL - porque Ngapeth não falou só por ele - teremos sérios problemas com isso de seleções aceitar cubanos entre seus atletas! Interessante o BRA ter que precisar de cubanos?

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    1. L L você falou tanto é continuou na mesma, só que agora tenho mais certeza de quem és

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    2. Anônimo pelo jeito você nunca deve ter pisado na Polônia! Como sua opinião foi baseada em situações recorrentes na Polônia? Pra começar "PoleneSa" é com "S" e não com "Z"!!!
      Você está totalmente por fora, vc sabia que o zagueiro brasileiro Thiago Rangel e que o atacante nigeriano Emmanuel Olisadebe se naturalizaram e jogaram pela Polônia?
      E que o Azerbaijão,país do Leste Europeu,tem 4 jogadoras cubanas naturalizadas azeris: Ana Cleger Abel, Yoana Palacio, Wilma Salas e Gyselle Silva, isso mesmo, vc sabia que a ponteira do SESI BAURU é azeri? E que Rosir Calderón é naturalizada russa? E que dois cracaços da seleção alemã Podolski e Klose nasceram na Polônia?
      E outra, Ngapeth tem que lavar sua boca suja com sabão! Ele não sabe que tem sangue camaronês correndo em suas veias? O inoportuno e preconceituoso NGAPETH esqueceu que é descendente de família camaronesa?
      Além do mais, a França é o país europeu que mais tem imigrantes e seus descendentes em suas seleções, porque a Polônia não pode ter León?
      Acostumada a receber imigrantes de todas as partes do mundo a França disputou a Copa do Mundo de futebol com uma seleção multicultural: 2 eram nascidos em outros países: Mandanda (Congo) e Umtiti (Camarões); 15 tinham famílias nascidas em outros países e que migraram para a França: Areola (Filipinas), Rami (Marrocos), Kimpembé e Nzonzi (Congo), Sidibé, Dembelé e Kanté (Mali), Matuidi (Angola), Pogba (Guiné), Mbappé (Camarões e Argélia), Fekir (Argélia), Lucas Hernández (Espanha), Mendy (Senegal), Tolisso (Togo) e Griezmann (Portugal).
      A Europa não é um continente extremamente xenófobo não! A Europa é o continente que recebe mais imigrantes vindos de todas as partes do planeta, mas existem pessoas como vc que escreveu este texto aí acima que são xenófobas no mundo inteiro e não só na Europa.
      Outro erro seu é confundir imigrante com refugiado! A maioria dos imigrantes não são refugiados!!!
      Paris continua linda! E os imigrantes não interferem em nada na beleza da cidade! E, só por curiosidade... Você conhece Paris? Aposto que nunca pisou lá!!!
      Que baboseira é essa que o vôlei não pode integrar? O esporte é integração! Inclusive os Jogos Olímpicos foram criados na Grécia Antiga para que fossem cessadas as guerras e os povos pudessem se integrar pelo menos no período olímpico!!!
      Que absurdo, o cúmulo do preconceito é esse de nacionalidades culturais opostas? Isso não existe, no esporte existem rivais dentro de quadra, mas fora de quadra o que deve prevalecer é a integração e a confraternização!!!
      Que absurdo é esse de a França brecar a Polônia? Que moral Ngapeth ou a França tem para brecar alguém? Sendo que Ngapeth é de família de imigrantes do Camarões e a França tem as seleções mais multiculturais do planeta em vários esportes!!!
      Em relação ao Brasil precisar de cubanos... o Brasil precisa sim do BRASILEIRO LEAL, porque se o senhor não sabe, o LEAL é tão brasileiro quanto eu ou vc, não interessa se Leal nasceu em Havana, em Belo Horizonte, em Paris ou onde quer que seja, LEAL hoje é um brasileiro como nós!!!
      E mais, se a família de Gustavo Kuerten não tivesse migrado da Alemanha para o Brasil, não teríamos hoje um Tri-Campeão de Roland Garros!!!
      Não há nada de errado pessoas que nascem em outros países defenderem uma outra nacionalidade, tanto que todos os países tem suas regras de naturalização!!!
      O mundo gira e as pessoas migram e assim caminha a humanidade cuja a única raça é a raça humana!!!

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  10. Eu estou sem palavras para os comentários racistas e xenófobos que vcs fizeram acima. Leon não pode ser polonês porque não é branco? Porque seu país tem uma cultura diferente? Imigrantes "sujam" a França? Pensei em apagá-los, mas eu realmente acho necessário deixar viva essa triste discussão.

    Respeito muito quem vem até aqui comentar, mas advirto que esses comentários são criminosos, passíveis de denúncias e o Google não garante o anonimato (lembrando que comentários e acessos registram IP).

    Sejam mais cautelosos, mas acima de tudo, mais humanos.

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    1. Admiro as seleções cubanas e não seria contra o triunfo dos atletas que defenderam e defendem as seleções masculinas e femininas de CUBA. Que esses atletas sejam vitoriosos e conquistem títulos e dinheiro!! Eu, por exemplo, em amistosos da seleção feminina de Basquete feminino, em anos anteriores aqui no Brasil, já presentei cubanas e na Rio 2016 eu vi a Rosir Calderon assistindo partidas de volei. Mas no duelo de Leon contra o Kazan, ficarei com o Kazan - atual club do Ngapeth. A polemica deve ter iniciado devido ao poder que a POL irá ter com a chegada do Rei Leon!!! Por enquanto, Não conheço a França!! Espero que Paris esteja deslumbrante como se sempre ouvi falar. Breve irei a Itália e estou lendo a obra
      "Decameron" de um consagrado autor italiano. A Europa sempre foi e continua sendo hostil em alguns aspectos. Mas há extraordinários avanços nas relações humanas.

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