Uma decisão do juiz do Waldemar Cláudio de Carvalho, do Distrito Federal, causou polêmica no Brasil nesta semana. O juiz determinou que o Conselho Federal de Psicologia não intervisse no trabalho de psicólogos que promovessem estudos e atendimentos profissionais ao que chamou de "reorientação sexual".
Esse tipo de conduta é proibida e já foi pedida antes na Câmara dos Deputados, em 2011, pelo deputado João Campos (PRB-GO). O projeto, que tem os mesmos princípios da determinação do juiz, ficou apelidado de "cura gay".
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Naiane e Carol reagiram em redes sociais contra a decisão. A central brasileira postou essa foto, demonstrando indignação com a determinação da Justiça (Foto: GetsSportsMedia/acervo pessoal) |
Reação
Milhares de pessoas demonstraram seu repúdio à determinação do juiz. Dentre elas, várias personalidades. No voleibol não foi diferente: por suas redes sociais, jogadoras repudiaram a decisão do juiz e o ideal de reversão da orientação sexual.
Chocadas? É o que a imagem da central Ana Carolina Silva, do Nilufer (Turquia) e da levantadora Naiane Rios, do Hinode Barueri, demonstra. Na legenda, Carol desabafou: "Não dá para acreditar né, Naiane?" e finalizou com as hashtags "mais amor por favor" e "amor é a cura"
A levantadora da seleção brasileira e do Hinode Barueri, Naiane Rios, postou em uma rede social um texto em que afirma que a decisão do juiz não a representa: "Esse ocorrido não representa a minha vivência e não condiz com a minha identidade dentro da sociedade, assim como não condiz com a de tantas outras pessoas. O amor nunca foi o problema, sempre foi a solução. Por isso AMEM. AMÉM" - disse Naiane.
Da Itália, onde treina com o Scandicci, a central Adenízia Ferreira compartilhou frases em apoio à comunidade LGBT, como: "Amor não é doença, é a cura". E brincou: "Tenho um amigo gay, ele não precisa de tratamento, precisa de um boy magia" - postou a central ironizando.
Outra campeã olímpica que reagiu à decisão da Justiça do DF, foi a ponteira Fernanda Garay, do Dentil Praia Clube. Fernanda postou uma imagem simbolizando a luta pela causa LGBT e declarou: "precisamos tratar o preconceito. Amor não é doença!". Também do Praia, a ponteira Amanda Campos reforçou o recado: "Amor não é doença, é a cura. Trate seu preconceito".
A oposta Sheilla Castro, bicampeã olímpica, manifestou seu repúdio em um misto de decepção e ironia. Em sua legenda, Sheilla mostrou estar totalmente descontente com a decisão "Quando acho que estávamos avançando vem uma dessa... Fala sério" - comentou brevemente a oposta.
A oposta Sheilla Castro, bicampeã olímpica, manifestou seu repúdio em um misto de decepção e ironia. Em sua legenda, Sheilla mostrou estar totalmente descontente com a decisão "Quando acho que estávamos avançando vem uma dessa... Fala sério" - comentou brevemente a oposta.
A líbero Fabí Alvim, do Rexona Sesc, compartilhou um vídeo do cantor Lulu Santos, emocionado cantando um verso da canção "Toda Forma De Amor". No vídeo, Lulu entoa: "E a gente vive junto e a gente se dá bem, não desejamos mal a quase ninguém. E a gente vai à luta e conhece a dor. Consideramos justa, toda forma de amor".
Do Sesc RJ também se manifestaram a oposta Monique Pavão, que postou uma imagem da bandeira LGBT com a frase "Love is Love" e a central Vivian Pellegrino, com frase popular do cantor Mr Catra "deixa os gay ser gay... deixa as pessoa". Camilla Adão, que deixou as quadras nesta temporada, reforçou os dizeres: "amor não é doença, é a cura".
A oposta Bruna Honório, do E.C. Pinheiros, foi direta em sua postagem com a bandeira LGTB: "Orientação sexual é direito de cada um. Respeitar é dever de todos". A jogadora ainda usou a legenda: "Respeite e trate a sua homofobia!!!" - e finalizou com as hashtags "ser gay não é doença" e "homofobia é doença".
Orgulho dessas meninas!!! Essa atitude vale mais que o Bicampeonato Olímpico ou qualquer outro título!!!
ResponderExcluirMuito amor envolvido!
ExcluirOrgulho dessas meninas!
ResponderExcluirRepresentam ❤️
ExcluirAssunto chato esse.
ResponderExcluirTambém acho. Em pleno século XXI ter que discutir isso, né?
ExcluirEu sempre respeitei sua opinião e agradeço de coração sua presença constante aqui. Mas apaguei seu comentário antes de acabar de ler. Sabe por quê? Isso não é assunto clichê e nossas atletas não são robóticas, como você disse. O Brasil é um país que mata um LGBT a cada 25 horas. Isso não é brincadeira, isso não é opinião, isso não é assunto midiático. Em 2011, um ginásio inteiro chamou um jogador de "bicha" em Contagem. Em um caso mais isolado, um jogador foi chamado de "macaco" e ofereceram banana a uma bicampeã olímpica. Vamos discutir preconceitos sim! Sobre orientação, gênero, raça, classe. Sinto muito aos que desagradam, o papel desse blog não é esse. Mas se precisar, nós vamos falar sim! Continuaremos.
ResponderExcluirPisa menos, To Fly!
ResponderExcluirto fly, a matéria de vocÊs esta de parabéns xo preconceito de todas as formas=
ResponderExcluirsejam de racismo , orientação sexual, sexismo, classe social.
as meninas do volei estão defendendo todos os atingidos por essa atitude irracional e incabível nesse momento que esse país passa. xooooooo preconceito parabéns para TO FLY........
Orgulho ainda maior desse blog. ❤
ResponderExcluirCada dia que passa, vocês ganham mais ainda meu respeito. Parabéns
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