As surpresas e as decepções dos três primeiros dias Montreux

É só o início do ciclo, advirto, mas precisamos considerar que uma nova história parece começar a se escrever aqui. Primeiro dia do torneio e primeira zebra, mas vamos com calma. A estreia foi com um 3x0 da China em cima da Suíça, tudo normal aí. O Brasil venceu a Polônia por 3x1 com MUITA dificuldade. A equipe polonesa jogou muito mais bonito do que no qualificatório, mas não o suficiente para vencer. A zebra do dia ficou por conta da vitória da Argentina sobre a Holanda por 3x2. Tudo bem, é a Holanda B. Ainda assim, esperávamos que com Plak na saída e Stoltemborg no levantamento, duas jogadoras experientes que foram titulares durante o último ciclo, a Holanda fosse favorita. Não foi! A Argentina jogou muita bola e pasmem, sem Castiglione, a boa levantadora titular. A Argentina atacou melhor que a Holanda B e venceu.

Argentina parou a Holanda de Plak na estreia de Montreux (Foto: Volley Masters)

Segundo dia e bem, podemos chamar esse resultado de surpreendente também: a Polônia bateu a Tailândia por 3x1. E essa sim, a Tailândia praticamente completa, sem Sittirak, sem Tomkom, mas com sua base que a torna uma das melhores seleções da Ásia. A Polônia, por sua vez, não está nem entre as 12 melhores da Europa no momento (considerando o EQT do mundial). Mas Nawrocki veio para ganhar experiência e ganhou brilho. Smarzek na saída de rede deu uma vida à Polônia que não a encontrou com Tomsia de oposta. Com a grandona livre da recepção, o sistema defensivo polonês ficou bonito. Wolosz cada vez mais ousada, abusou das meios e desconfigurou a Tailândia. Reedição da semifinal olímpica de times reservas, mas ainda deve haver aquele ódio, certo? Continuará, a China venceu por 3x2.

O espetáculo das 'zebras' não parou por aí. Em jogo duro, a Alemanha bateu o Brasil por 3x2. Sinceramente, não me recordo de uma situação sequer em que a Alemanha tenha vencido o Brasil nos últimos anos, nem mesmo quando foi campeã de Montreux em 2014. E detalhe, quem deu um upgrade na partida foi a inexperiente Keemsies, de 21 anos, levantadora reserva da seleção. Mesmo com um desempenho fraco, Lippmann foi a maior pontuadora do jogo. Há quem queira criticar Amanda, titular pela primeira vez, pela derrota sofrida. Há de se lembrar que Amanda teve o maior percentual de ataque da partida e saiu no terceiro set com 10 pontos de ataque. Natália chegou ao tie-break com 12, sem sair da titularidade. Mas o dia era das alemãs.

Brasil perdeu para a Alemanha em Montreux (Foto: Volley Masters)

Terceiro e novo dia, a Holanda precisou de um 3x1 para bater a Suíça. Com todo o respeito à Suíça, concluímos de vez que o banco holandês precisa evoluir, é pior do que esperávamos. A Alemanha, confirmando seu favoritismo, bateu a Tailândia por 3x1. Ora Tailândia, mais um ciclo apanhando? Bem, ao que parece, sim. China e Agentina, se eu citar esse confronto a vocês, apostariam num 3x0 fácil? Bem, não. Para começar, essa é a China sub20 mesmo? Não, não é. É uma China com três extremas experientes, J Li e as campeãs olímpicas Gong e XT Liu. Vocês podem considerar Gong sub20 se quiserem, mas vale lembrar que ela começou a olimpíada como titular. Inexperiência das centrais? Não pesou, já que YY Wang foi a maior pontuadora. Vamos culpar a levantadora então? Não dá! Selecionável, participou do último ciclo, foi campeã com o Jiangsu, batendo um bolão. Não tem desculpa, não tem meio-termo, a obrigação era sua China, Nizetich e a Argentina brilharam mesmo! Olho nessas 'hermanas', elas não estão vencendo por acaso.

OI? A Argentina derrotou a campeã olímpica China em Montreux (Foto: Volley Masters)

No Grupo, tudo definido! A Argentina dificilmente cairá para as suíças e mesmo se acontecer, já está classificada. A China também está classificada, Holanda e Suíça estão eliminadas do torneio e só jogam para disputarem as últimas vagas. No Grupo B, todos têm chances. Alemanha, Brasil e Polônia dependem só deles e a Tailândia precisa de um milagre. Ela enfrenta o Brasil e a Alemanha pega a Polônia. Bem, até hoje a zebra assistiu a todos os dias de Montreux. Quando será que ela aparecerá amanhã?




























Vamos com calma, é só o início do ciclo. Mas, Montreux já trouxe maus resultados para algumas seleções. No primeiro dia, a China bateu as suíças com facilidade por 3x0. Tudo certo, um resultado esperado. As surpresas começaram com a Argentina derrubando a Holanda por 3x2. Tudo bem, é o time B da Holanda, ainda assim, não esperávamos. Morrison ainda escalou Plak na saída, maior pontuadora do confronto. A Argentina veio praticamente completa, sem Castiglione. Não dá para negar que as sul-americanas seguem crescendo no cenário mundial. 

No segundo jogo a Polônia engrossou o coro contra o Brasil. Defendendo muito, algo atípico para essa seleção, ainda arrancaram um set das brasileiras e fizeram jogo duro nos sets seguintes. Mas deu a lógica, o Brasil venceu por 3x1.

Segundo dia de Montreux e a Polônia abre vencendo a Tailândia. Ainda falando de Polônia, é bom lembrarmos que depois de uma campanha pífia no qualificatório, Nawrocki fez trocas importantes. A principal delas foi deslocar Smarzek da ponta para a saída de rede. Livre do passe, a jogadora cresceu no ataque e foi decisiva para bater a Tailândia por 3x2