A obsoleta Alemanha, Guidetti e o adeus de Christiane Furst

Desde que o italiano Giovanni Guidetti assumiu a seleção alemã em 2006, existe uma base: a  oposta Kozuch, a levantadora Weiss, a líbero Durr, as ponteiras Brinker e Beier, as centrais Ssuchke e Furst. A seleção se renova pouco e o único título que conquistou durante esses anos foi o Montreux Volley Masters em 2014. Bateu na trave duas vezes do europeu, perdendo a final pra Sérvia em 2011 e pra Rússia em 2013. No âmbito mundial a situação é bem mais complicada: 9º lugar no mundial da Itália, tropeço no classificatório do Grand Prix e nenhuma olimpíada desde Guidetti, nem Pequim e nem Londres. Se na seleção o currículo do técnico é complicado, por clubes é um dos melhores do mundo e peça fundamental na ascensão do Vakifbank: 1 mundial, 2 Champions, 2 campeonatos turcos, 2 copas turcas, 1 Gloria Cup. 

Em grande parte de todos esses ganhos por clubes, Guidetti contou com um dos seus braços direitos: a central alemã Christiane Furst, de 1m92, hoje com 29 anos. Furst sempre foi conhecida pelo bloqueio pesado, pela china veloz e em seu auge, foi considerada uma das melhores centrais do mundo. Nessa semana, a confederação alemã comunicou que a partir desse ano, Chris Furst não fará mais parte da seleção, alegando que a jogadora justificou motivos pessoais. 

Na nota em que anunciava a saída de Furst, o presidente da confederação alemã agradeceu a jogadora e se prontificou a estar preparado para substituí-la: "Agradecemos Christiane Furst por seus anos de dedicação e contribuições significativas para a equipe nacional. Ela foi uma das melhores bloqueadoras do mundo e fez parte do grande sucesso do vôlei feminino alemão. Com a saída de Christiane Furst, começa agora a nova geração em partes da equipe nacional, nós estamos melhores preparados para utilizar de nossos jovens talentos."

Além de deixar a seleção, Furst deixou também o Vakifbank comandado por Guidetti e hoje joga no rival, o Eczacibasi Vitra. Após o fracasso no último mundial, a jogadora deu entrevista a repórteres locais onde criticava o técnico: "A relação com ele (Guidetti) se deteriorou ao longo do último ano e meio. Ele perdeu a confiança das jogadoras devido à falta de comunicação e sua ausência constante. Giovanni Guidetti é um treinador muito bom, mas ele mudou recentemente. É como ele se ele estivesse cansado e vazio."

Ao que tudo indica, a relação entre o técnico e a central tornou-se complicada. Além de Furst, a outra central alemã, Sssuchke-Voigt também está afastada, mas por gravidez. Pela primeira vez depois de 342 jogos ao longo de 11 anos, o nome de Christiane Furst não parecerá mais pela lista da Alemanha. 

Furst jogou com Guidetti pela seleção e pelo Vakifbank. 



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