O brilho de Hooker e a vitória de Osasco no clássico contra o Sesc

Finalmente clássico com cara de clássico e como emoção. Depois de ser atropelado pelo Rio no primeiro jogo, o Osasco Audax devolveu a derrota e bateu as rivais em uma grande partida por 3 sets a 2 (25/23, 22/25, 21/25, 25/23 e 15/9)

Parece que Destinee Hooker chegou de vez na Superliga e encarou com 'sangue nos olhos' o confronto do time contra o arquirrival. Hooker tem identificação com Osasco o time a acolheu após algumas polêmicas na Europa e juntos foram campeões da Superliga. A oposta veio para a temporada com a obrigação de carregar Osasco nas extremas, sistema semelhante ao do Minas na temporada passada. E está correspondendo: fez 33 pontos na partida e foi decisiva. O efetivo retorno de Claudinha também faz muito bem a Osasco, a levantadora é mais ousada e tem ótima precisão. Mas o destaque desse time é a líbero, Camila Brait fez um grande jogo e deu mais saudades a nós, órfãos de seu trabalho na seleção.

Americana fez 33 pontos na vitória de seu time (Foto: Marcello Zambrana / Fotojump)


O Rio deu um show de erros, foram inacreditáveis 35 pontos cedidos a Osasco, 21 deles em ataques. Sem Kosheleva em quadra e com Drussyla titular, o time até esteve melhor na recepção, mas ainda muito mal. E o ataque da russa fez falta ao time! Curioso que Bernardinho tenha escolhido Peña e não Kosheleva como titular - acredito que a intenção do técnico era ter Drussyla, Kosheleva e Monique de titulares. O Rio jogou mal, poderia ter vencido o rival se não errasse tanto e teve uma boa atuação das meios, principalmente de Bia, que fez 19 pontos. No levantamento o time segue instável...

Drussyla foi titular na partida contra o arquirrival carioca (Foto: Marcello Zambrana / Fotojump)


Na rodada que aconteceu na sexta, o Bauru sofreu para vencer São Caetano e precisou de Tifanny (25 pts) brilhando como ponteira. Já o Fluminense se vingou e bateu um adversário direto na tabela, o Curitiba, com show de Pri Daroit (18 pts) e os retornos de Lara e Sassá, que estavam lesionadas. Fechando a rodada, o Pinheiros bateu o Brasília por 3 a 2. Praia, Minas, Barueri e Camboriú não jogaram devido ao compromisso dos mineiros no Campeonato Sul-Americano.

Bauru sofre contra São Caetano e Tifanny precisou salvar o time (Foto: Marcelo Ferrazzoli/Assessoria Sesi Vôlei Bauru)

Superliga Feminina - 8ª rodada do returno

22.02 (SEXTA-FEIRA) – Sesi Vôlei Bauru (SP) 3x2 São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP), às 19h30, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP) (25/21, 22/25, 25/18, 24/26 e 15/13)

22.02 (SEXTA-FEIRA) – Fluminense (RJ) 3x0 Curitiba Vôlei (PR), às 20h, no ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro (RJ) (25/14, 25/19 e 25/18)

22.02 (SEXTA-FEIRA) – E.C. Pinheiros (SP) 3x2 BRB/Brasília Vôlei (DF), às 20h, no ginásio Henrique Villaboin, em São Paulo (SP) (25/23, 25/14, 20/25, 18/25 e 15/13)

22.02 (SEXTA-FEIRA) – Osasco/Audax (SP) 3x2 Sesc RJ, às 21h30, no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP) (25/23, 22/25, 21/25, 25/23 e 15/9)

12.03 (TERÇA-FEIRA) – Hinode Barueri (SP) x Dentil/Praia Clube (MG), às 19h30, no ginásio José Correa, em Barueri (SP)

12.03 (TERÇA-FEIRA) – Itambé/Minas (MG) x Balneário Camboriú (SC), às 20h, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG)

Classificação

  1. Minas - 50 pts *
  2. Praia Clube- 47 pts *
  3. Sesc - 38 pts
  4. Barueri - 35 pts *
  5. Osasco - 33 pts
  6. Bauru - 31 pts
  7. Curitiba - 23 pts
  8. Fluminense - 21 pts
  9. Pinheiros - 16 pts
  10. São Caetano - 16 pts
  11. Brasília - 14 pts
  12. Camboriú - 9 pts *
Fluminense venceu adversário direto na classificação (Foto: Mailson Santana/FFC)

Comentários

  1. Kosheleva n entrou de titular pq teve dores no joelho e ficou sem treinar dias antes do jogo,mas acredito que sofreriam mais no passe e n teriam nem a bola de meio no jogo

    ResponderExcluir
  2. Camila Brait como dói vê-la longe da seleção, duvido que àquela última bola atacada pela Zhu não seria ao menos defendida por ela. Ai, como odeio Zé Panela!!!

    ResponderExcluir
  3. Bernardo começa a dar mais chances para Carol Leite, que tem entrado bem nas partidas. É melhor nos levantamentos do que Roberta. Ele parece insistir na Roberta pois esta é boa sacadora e razoável no bloqueio. Mas acho que veremos a Carol Leite entrando cada vez mais nas partidas, especialmente nos playoffs. Quanto às jogadoras de extremas, Peña acerta uma bola, grita muito e aí erra as cinco bolas seguintes. Melhor o Bernardo colocar Kasiely e Drussila nestes últimos jogos da fase de classificação e poupar Kosheleva para os playoffs.

    ResponderExcluir
  4. Quanto a Osasco, não entendo: Paula Pequeno nunca foi boa passadora e Kika, que entra para fazer as passagens de fundo da Leyva, anda quinando muito os passes. Luizomar podia ter dado tempo de quadra para Vivi ao longo do campeonato paulista e nos jogos contra adversários de menor expressão na superliga, pra ela estar com mais ritmo de jogo e poder entrar nos momentos de instabilidade no passe nessa reta decisiva. Só vi a menina entrar no jogo contra o Rio, no primeiro turno, quando a vaca já tinha ido pro brejo. Luizomar tem essa mania de não dar chance para as reservas e só quando a coisa tá feia, contra os adversários mais difíceis, joga as meninas na fogueira e, no primeiro erro, já tira elas de quadra de novo. Ano após ano, desde o desastre quando conseguiu perder a superliga com a base da seleção, Luizomar não contrata reservas à altura, apenas meninas inexperientes pra fazer número, e não dá chance pra elas. Especialmente ponteiras. O time nunca tem ponteiras reservas. Dessa vez, contratou Paula Pequeno, que é experiente mas veio de uma temporada em que quase não jogou (por lesão) e já não é a mesma de outrora, e Domingas, que não é boa passadora, mas pelo menos é razoável no ataque e tem alguma experiência, mas esta não vi entrar em quadra em nenhum momento, nem no Paulista nem na superliga. Pelo menos na inversão, ele poderia testar Domingas em vez de Lorenne. Lorenne não tem condições. Além disso, Walewska parece que só joga quando quer. Vejo muita má vontade nela em vários jogos, muitos erros de saque inclusive. Contra o Rio parece que estava um pouquinho mais animada. E não sei porque Nati Martins, uma das melhores jogadoras do time, é bode expiatório: quando o time começa a ficar atrás no placar, a primeira coisa que Luizomar faz é tirar a Nati, mesmo ela sendo a melhor em quadra, e botar Natasha, que, me desculpem os que gostam, não merece lugar no time. Nem a china, única bola dela, está caindo. Claudinha e Carol Albuquerque são muito instáveis. Luizomar, por favor, para a próxima temporada, tenta arrumar mais um patrocínio pro time e traz: Tandara, Fê Garay, Juma, Fran (central), Carol (central), Fran (levantadora), Paquiardi, Gabi Cândido, Renatinha (pra ser reserva da Tandara) e, do time atual, fica com Mari Paraíba, Brait e Nati Martins.

    ResponderExcluir
  5. Acredito que essa formação do Sesc Rio com a Michele de oposto e Peña e Drussyla passando deu mais resultado. Michele ficou mais livre pra atacar e Peña e Drussyla deram mais consistência na recepção. Porém a Drussyla ainda não está nas melhores condições físicas e Peña está muito inconstante. Roberta, que nunca foi lá essas coisas, está fazendo um campeonato pra esquecer. Já é hora a Carol Leite assumir a titularidade! Bernardinho ainda vai ter que quebrar muito a cabeça para arrumar o time. O Osasco Audax, que também não é um poço de regularidade nessa superliga, quase perdeu o primeiro e o quarto sets por bobeira do time. O time não tem reservas à altura para mudar o panorama durante a partida. Camila Brait sempre atuando em alto nível e a Hooker voltou a ser aquela jogadora decisiva de outros tempos. Nessa partida achei a postura do Luizomar diferente. Ele cobrou mais do time. Além disso, ele tá melhorando no que se refere a instruir as jogadoras taticamente nos pedidos de tempo.

    ResponderExcluir
  6. Hooker brilhou nesse jogo. Aliás já vem jogando bem há algumas rodadas, sendo decisiva como nos bons tempos de seleção americana. Mas, sinceramente, acho que o Osasco não passa muito disso. O limite é o que elas jogaram contra o Rio e no terceiro set contra o Minas. Tem um banco muito ruim, pouco experimentado e um técnico que dificilmente consegue reverter partidas. Rio de Janeiro melhorou bastante do começo da SL pra cá mas ainda segue com um passe horrível e uma levantadora que não é lá essas coisas e encontra-se num momento bem ruim. Ao menos o Bernardo tem promovido mudanças, não se omite e tenta encontrar um time que possa fazer frente aos mais fortes. Mesmo assim, como a maioria dos times dessa SL, o Rio é muito instável e sofre demais com os erros. É um time de chegada e que sempre cresce nas decisões mas se chegar nas semi nesse ano, já estará no lucro.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Oi, gente!

Obrigado por comentarem aqui, mas peço que vocês façam isso com respeito para mantermos um nível de discussão agradável. Ofensas pessoais à jogadoras e a outros membros não serão aceitas. É um prazer voar com vocês! ;)