Análise: pela 14ª vez, Rio está em uma final da Superiga

Por Matheus Felipe Vieira

Mais um ano recheado de superação, isso é o que define o Sesc RJ na temporada 17/18. O time carioca comandado pelo técnico Bernardinho está em mais uma decisão de Superliga. Mas para esse feito ser alcançado a equipe do SESC precisou apenas de 3 jogos da melhor de 5 pra vencer o time mineiro, e devolver a derrota sofrida na Final do Sul-americano e de quebra eliminou o rival da competição pela vez consecutiva. 

Bernardinho chegou a dar declarações em outras entrevistas que as derrotas para o rival, andaram tirando seu sono. Acredito que ele durma mais “tranquilo” a partir de agora com o êxito de um grupo que passou grande parte da temporada no departamento médico, com problemas físicos e com suas atletas voltando a adquirir o melhor ritmo de jogo na reta final da competição e de certa parte desacreditado.  

O time mineiro entrou em quadra pressionado e com muitas responsabilidades para virar a série, ganhar o jogo e trazer a disputa de volta para BH. Mas o SESC RJ estava disposto a garantir a vaga na decisão em casa diante dos 5 mil pagantes que compareceram na Arena Jeunesse. 

E as donas da casa já começaram a partida taticamente perfeitas, as atacantes não erraram nada, marcaram apenas 1 erro de saque, e o paredão carioca parando por 6 vezes os ataques adversários. O resultado foi um sonoro MASSACRE na primeira parcial 25x11. 

Com Destine Hooker bem marcada, o técnico Stefano Lavarini, ousou! Colocou sua melhor atacante no banco e voltou com a mesma formação utilizada na Final do Sul-Americano, e assim, deslocou Rosamaria para saída de rede e trouxe do banco Priscila Daroit. 

Foi aí que o time Mineiro se impôs, e com um ótimo momento de Rosamaria fazendo seu melhor jogo nessa série, a ponta/oposta marcou 8 pts na parcial e Pri Daroit vinda do banco marcou 5 pts, seguida pela jovem central Mayany que tinha a missão de substituir Carol Gattaz na partida marcou 4 pts. O Rio errou mais, e cedeu 6 pts em erros para as adversárias no segundo set. Minas 25x21. 

Minas não resistiu ao Rio (Foto: Orlando Bento / Minas Tênis Clube)


Já no terceiro set, com as ótimas passagens do time carioca pelo saque, o que facilitou a marcação carioca no time rival, as mudanças feitas por Lavarini foram por água e baixo. Com o péssimo momento de suas atacantes de extrema, Macris chamou o jogo pelo meio com a central Mayany que marcou 5 pts na terceira parcial. Enquanto isso Roberta buscou por suas atacantes mais experientes e foi chamando o jogo pelo meio com Juciely (4 pts) e Monique (6 pts). Os 8 erros do time mineiro na parcial facilitaram o trabalho adversário, e assim o jogo virou 25x18 Sesc RJ.  

Era tudo ou nada para o time mineiro. Macris buscou a virada em suas estrangeiras, Destine Hooker voltou para a partida melhor após bancar no segundo set e marcou 7 pts na parcial (3 em blocks), a ponteira Sonja Newcombe também apareceu e marcou 4 pts. As duas estrangeiras não foram capazes diante do coletivo adversário. O Minas iria se perdendo na partida a cada erro que cometia, enquanto Roberta iria usando todas as opções que tinha na virada de bola e foi em Juciely pelas ações de meio que o SESC foi achando o caminho rumo a decisão. 

Mais uma vez é SESC RJ e mais um na decisão do Campeonato Nacional. A líbero Fabí definiu o primeiro jogo da série como o divisor de águas dessa série, foi a partir daquela superação que o tradicional Rio se agigantou enquanto o Minas abalado emocionalmente e com a ausência de uma peça importante como Carol Gattaz se apequenou. 

SEMIFINAL – JOGO 3
SESC RJ  3x1 Camponesa Minas (25x11 21x25 25x18 e 25x18).
MP: Juciely 19 & Monique 18 | Mayany 11 & Hooker 11 pts.
http://superliga.cbv.com.br/resultados-fem

Sesc está garantido na final (Foto: Marcos de Paula/Sesc RJ)

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