Tifanny será a primeira atleta trans a atuar na Superliga

Por José Alberto Rodrigues


A ponteira/oposta Tifanny será a primeira transexual brasileira a atuar no vôlei feminino após concluir o processo de redesignação sexual. A atleta vai reforçar o Vôlei Bauru na Superliga 2017/2018. Tifanny chegou ao time bauruense em julho deste ano, após encerrar sua temporada no Golem Palmi, clube da segunda divisão italiana. Desde então, ela permaneceu treinando regularmente com o elenco, o que gerou fortes indícios da sua permanência no time. 

Tifanny treina com a equipe do Vôlei Bauru desde julho (Foto: Vôlei Bauru/divulgação)




“O surgimento do Vôlei Bauru em minha vida foi muito legal porque, mesmo na Europa, eu sempre acompanhava os jogos. E, quando recebi o convite para vir para o time me recuperar, fiquei muito feliz e não pensei duas vezes. É um time guerreiro que luta muito e espero que possa ajudar e só somar a esta equipe tão batalhadora. A liga feminina brasileira é uma das mais fortes do mundo e o meu nível não é diferente de nenhuma das meninas e sei que terei muitas dificuldades contra as quais terei de lutar para ajudar a equipe. Estou muito feliz com este acerto, pois, além de voltar a atuar no meu País, ainda vou estar mais perto dos meus familiares” - comenta a recém contratada do Vôlei Bauru.

A jogadora que no início deste ano, recebeu permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir em ligas femininas, vem se recuperando de uma cirurgia na mão esquerda. Apesar de estar participando dos treinamentos, Tifanny ainda não tem data prevista para estreia.
Ex- Golem Palmi, irá defender o Bauru na temporada 2017/2018 (Foto: Reprodução)

Legislação


A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) segue os preceitos do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a legislação envolvendo a participação de atletas transgêneros em competições oficiais. Em 2016, o COI mudou sua resolução permitindo a participação de homens nos eventos da entidade sem nenhuma restrição e as mulheres precisam apenas ter a quantidade de testosterona controlada para poder competir em equipes femininas. Neste caso, elas não podem ter mais de 10 nanomol por litro (unidade de medida que indica a quantidade da substância por litro de sangue) do hormônio no sangue nos 12 meses anteriores à competição. A necessidade de cirurgia não é mais necessária.

Tifanny explicou que  se enquadrar em ambas as regulamentações e está apta para atuar em qualquer país do mundo.

“Sou tratada como qualquer outra jogadora, inclusive podendo ser submetida aos exames antidoping. São leis internacionais seguidas por todas as equipes do mundo que disputam competições mundiais e olímpicas e, por isso, estou apta a jogar em qualquer país do mundo.” - diz a jogadora.

Comentários

  1. Gigante ela. Só 1.94 realmente vai ajudar.

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    1. Pelo que entendi da regra do COI e da FIVB e pelos seus comentários, me vem a dúvida: qual atleta cis ou trans deixará de competir por 12 meses, para aumentar seu nível de testosterona acima do permitido?

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  6. Importante passo para a inclusão. Nesses tempos sombrios que vivemos de preconceito disfarçado de opinião, o vôlei caminha na direção certa.

    Sobre os comentários do L. Mesquita: a FIVB e o COI devem ter consultado dezenas de especialistas sobre o assunto, ou seja, a tua "opinião" não tem sentido algum.


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  7. Esse L. Mesquita realmente cansa. Isso é que é gostar de se aparecer, vários comentários com praticamente as mesmas palavras. E mesmo que você diga que não, seus argumentos e o modo como eles são expressos demonstram sim que eles são completamente preconceitos disfarçados.
    O pior de tudo é que ainda fica satirizando a ida ou não da Tifanny para a seleção. Por favor né! Quem decide isso é a comissão técnica da seleção brasileira. Além disso, altura (pra você que vangloria somente as jogadoras altas) não é tudo no voleibol, exemplos recentes são as derrotas do Brasil para a Tailândia e Japão. Hoje em dia, óbvio, as jogadoras precisam atacar e bloquear, mas cresce cada vez mais a busca por jogadoras completas, que recepcionam, defendem e apresentam estabilidade no poder ofensivo (nesse âmbito temos Larson, Fê Garay, Zhang, Parubets, Grothues entre muitas outras. No mais, aceite os avanços que o esporte está adquirindo.

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    1. Cara, que mundo você vive? Você acha mesmo que altura ganha jogo???
      Se a Tifanny apresentar esse voleibol todo que você tá falando aí ela poderá ser convocada e seria até interessante contar com ela na seleção.
      A menina nem jogou ainda, tá voltando de lesão e você já quer convocar ela.
      Se ela jogou bem na Itália, ótimo! Mas ninguém vive de passado. Pra merecer uma vaga na seleção interessa é o nível que ela vai jogar agora.

      Outra coisa: se você acompanha vôlei, acha mesmo que o Zé Roberto vai colocar a Natália no banco?

      Meu caro, o espaço aqui é aberto, mas não precisa ficar enchendo os olhos de quem lê com essas abobrinhas. Ok? Obrigado.

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