Volero Zurich vê fracasso internacional e anuncia brusca redução de investimento na próxima temporada

A notícia do 12º título da Liga Suíça pelo Volero Zurich, infelizmente veio má acompanhada. O Volero venceu a série de melhor de 5 jogos contra o Sm'Aesch-Pfeffingen e sagrou-se pela 12ª vez, campeão da Suíça. O time é hegemônico no campeonato nacional desde 2010 e tem o mesmo número de títulos do nacional em Copas da Suíça, 12. Mas internacionalmente, seu sucesso é bem menor. Os únicos títulos a nível internacional são os do Top Volley, extinto torneio doméstico conquistado pelo Volero em 2007 e 2010. Mas os sonhados ouros da Champions League e do Mundial de Clubes, passaram bem longe... 

Stav Jacobi (à esquerda) comemorou título do suíço pelo Volero (Foto: Volero)


Em suas sete participações na Champions, o melhor resultado do Volero foi em 2007, quando sediou o Final Four. Comandado pela belga Virgine De Carne, o time foi derrotado por 2x3 pelo Dínamo Moscou e 0x3 pelo Tenerife Marichal. Daí em diante, nunca mais o Volero Zurich chegou a um Final Four, caindo sempre no playoff 6. No Mundial de Clubes, a equipe participou de 4 das 7 edições contemporâneas, tendo sediado 3 delas. O melhor resultado que conseguiram foi um bronze em 2015 em cima do brasileiro Rio de Janeiro VC, nas outras três edições foram derrotados na disputa do bronze (Evergrande em 2013, Sesi em 2014, Vakifbank em 2016). 

Tantos fracassos finalmente cansaram o presidente do clube, Stav Jacobi. O Volero anunciou oficialmente  em seu site do que a partir da próxima temporada, não contratará estrelas internacionais, priorizando jovens atletas do voleibol local. A notícia é péssima para o vôlei mundial, que tem algumas das mais importantes atletas do mundo em seu elenco. Atualmente o time conta com atletas de 10 nacionalidades diferentes e tem grandes nomes do vôlei mundial, como a campeã mundial Foluke Akinradewo e as vice-campeãs olímpicas Bojana Zivkovic e Silvija Popovic. A intenção de Jacobi é que o Volero continue forte na briga pelo suíço, mas dificilmente seja capaz de chances de título em competições internacionais. O time ainda tem dois anos de contrato assinado com a azeri Natalya Mammadova e com as sérvias Ana Antonijevic e Ljiljana Rankovic, mas vale lembrar que as duas últimas já estão emprestadas pelo Volero.

Nomes como o da levantadora Bojana Zivkovic e da central Foluke Akinradewo não devem estar no roster do Volero a partir da próxima temporada (Foto: Volero)


A última chance do Volero brilhar internacionalmente pode ser agora, no Mundial de Clubes de Kobe, entre 9 e 14 de maio. Depois disso, o Volero deve encerrar o contrato com suas estrelas.

Comentários

  1. Sinto cheiro da Fabíola no Minas ou em Osasco...

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  2. To Fly, acho que será melhor para o VÔLEI SUÍÇO limitar o número de estrangeiras a DUAS por time para desenvolver o voleibol nacinal. Atualmente na Liga Suíça e na Copa Suíça a Confederação Suíca de Vôlei exige que apenas 2 jogadoras suíças sejam titulares. No caso do VOLERO apenas a ponteira Laura Unternährer e a central Gabi Schottroff atuam como titulares nos campeonatos suíços, porém na CHAMPIONS nenhuma suíça é titular. Limitando-se a 2 estrangeiras, as suíças serão obrigadas a serem titulares e a desenvolver as jogadoras suíças. Acho que se será mais saudável essa mudança. Contrata 2 estrangeiras espetaculares pra jogar junto com as suíças. Dá pra imaginar um VOLERO ZURICH na SUPERLIGA BRASILEIRA? Um time só com estrangeiras jogando no Brasil? Acho que isso é menosprezar demais o voleibol nacional! Acho que um time como o VOLERO não faz bem para a evolução de um SELEÇÃO NACIONAL.

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    1. Oi L. Mesquita!
      Então, há anos a Federação Suíça (Swiss Volley) vem tentando implementar uma regra mais rígida para o limite de estrangeiras. Mas vai de contramão ao fato de que o Volero é um dos times mais ricos do mundo, se não o mais. O prestígio do time de Zurique e de seu presidente são reconhecidos mundialmente e a federação nunca teve muita força para barrá-lo. Quanto às regras, se não me engano a SV permite 5 estrangeiras em quadra, no máximo, e por isso Laura e Gabi são titulares em seus clubes. Só que essa mudança afetaria não só o Volero como muitos dos outros times que também têm muitas estrangeiras. O voleibol suíço é historicamente fraco e o Volero deu um "up" em sua história. Mas esse capítulo acaba na próxima semana :/

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  3. To fly, vc sabe se a diretoria do clube vai dispensar as jogadoras que ainda tem contrato com o clube, casos de Fabiola e da Mammadova?

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    1. Não sei. Acredito que vão ser emprestadas, como Rankovic, Antonijevic e Carrillo nesta temporada. Mas claro, isso depende das jogadoras também.

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  4. Emprestem Fabiola e Akinradewo pro Camponesa/Minas. Façam um preço legal. Eu nunca pedi nada a vcs, por favor Volero Zurich. Kkk

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  5. OI, sabe algo sobre a GAZPROM patrocinar o Krasnodar ? SE esse Russo quiser investir no Krasnodar eu como torcedor estou aceitando .

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  6. pra qual time foi a oposta titular ,no mundial de clubes
    ?

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