Mundial de Clubes: Ting Zhu não sabe brincar!

Olá pessoal! Devido ao tempo que fiquei fora, vou fazer com vocês um artigo de opinião sobre o Mundial de Clubes de 2017. Nenhuma surpresa: o campeão da Champions League venceu o Mundial, de novo! O momento do Vakifbank era bom, aliado ao ritmo de jogo de suas estrelas. Mas foi um bom mundial!

Fase de Grupos

No Grupo A, a dúvida era realmente quem se classificaria entre Rexona e Moscou. Dificilmente o Vakifbank perderia para os dois times... O brasileiro e o russo fizeram um dos melhores jogos do torneio e deu Rexona! O jogo de equipe brasileiro foi mais eficiente do que o padrão de bolas altas do rival. Sem Nagaoka, o Hismaitsu não teve a mínima chance. O Vakifbank só foi superior.

No Grupo B, aí sim, surpresas. O Volero atropelou todo mundo, o turco, o brasileiro, o japonês. Surpreendeu e veio com sede ao título, sendo o time que sempre quisemos ver e foi montado para ser. Osasco não resistiu ao Eczacibasi e só conseguiu vencer o japonês. Ah, falando do NEC, sem Nikolova foi impossível qualquer reação. 

Volero começou acelerado, dando  ideia de que queria esse título! (Foto: FIVB)


Semifinais

Na disputa do 5-8, nada surpreendente: Moscou e Osasco os japoneses. Nas semis, o Vakifbank derrotou o Eczacibasi, de novo, eliminou do Mundial quem eliminou da próxima Champions. Já o Volero, aquele timaço da primeira fase, voltou a ser o Volero que conhecemos e perdeu para o Rexona.

Brasileiras foram gigantes, alcançaram final improvável e propagaram mais um fracasso do Volero (Foto: FIVB) 


Finais

O NEC bateu o Hisamitsu mais uma vez e ficou com o sétimo lugar. O Moscou teve Goncharova inspirada para bater o Osasco e encerrar sua participação em quinto. A oposta russa foi a maior pontuadora do campeonato. No bronze, o Volero venceu o Eczacibasi mais uma vez e conseguiu seu segundo bronze. Era o adeus do Volero como gigante! Talvez, também do Vitra. Na final, o Vakifbank foi ainda mais cruel com o Rexona e nem tomou conhecimento do adversário. 3x0, seco, cruel, Ting Zhu não deixou mais ninguém jogar. A menina é um fenômeno! Primeira temporada na Europa, uma Champions e um Mundial no currículo. É para poucas!

Zhu no centro da comemoração do Vakifbank (Foto: FIVB)


Zhu ganhou mais um MVP para a carreira, além de ter sido eleita melhor ponteira. O dream team teve ainda Gab, ponteira do Rexona, Poljak, central do Moscou, Akman, central do Vakifbank, Popovic, líbero do Volero, Boskovic, oposta do Eczacibasi e Yamaguchi, levantadora do NEC.

O Vakifbank termina 2017 como o grande campeão da temporada, apesar do péssimo resultado do turco. Não precisou dele. Tem no peito o título de melhor da Europa e melhor do mundo!

Todos os resultados e estatísticas do torneio vocês encontram neste link:
http://clubworldchampionships.2017.women.fivb.com/en/competition/results-and-ranking/round1

Comentários

  1. É incrível ver essa chinesa jogar, certamente ela estará na lista de lendas do vôlei. Fico imaginando o futuro da nossa seleção, infelizmente não estou confiante na manutenção do nosso nível com a renovação que será feita nos próximos anos e torço para que não nos tornemos uma Cuba.

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    1. Eu acredito muito na renovação brasileira, temos sim potencial para estar entre os grandes e o problema de Cuba é mais político do que falta de talentos, por que talento ainda tem muito por lá.

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  2. Ting Zhu é demais. Honestamente, como torcer contra uma potência como o Vakif? Queria muito uma final entre Ecsasibazi e o Rexona, pois admiro mais a Boskovic jogando. É uma jogadora maravilhosa, do mesmo naipe da Zhu. Acho que falta ao voleibol brasileiro a ousadia da China e da Sérvia. As duas seleções lançaram a Zhu e a Boskovic cedo e as duas, rapidamente, alcançaram bagagem em grandes duelos. A Gabi do Rio está se formando agora no vôlei, mas já jogava profissionalmente com 18 e já arregaçava. Se tivesse ganhado rodagem internacional, talvez agora estaria no mesmo nível da Zhu e da Boskovic. Porém, considero Zhu, Gabi do Rio e Boskovic as três melhores jogadoras do mundo e eximias definidoras. Vi os jogos do Rio e me impressionou a potência das ataques da Gabi, embora ela oscile demais. Talvez pelo fato de times brasileiros não não trabalharem como definidoras fixas como os times europeus que a Gabi não figure entre as maiores pontuadoras de um campeonato. Fico com raiva disso. No mais, seria ótimo pra Gabi jogar em um time como o Vakif. Joga muito mais que a Hill e a Slotjes. A americana ou a holandesa seriam banco com certeza, pois a Gabi dá mais consistência no passe e tem mais recursos no ataque e pra furar o bloqueio adversário que a Hill e a Slotjes. Essas duas, quando bem marcadas, não conseguem jogar pq adoram dar pancada. Não são tão técnicas como a Gabi.

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    1. Amigo, a Gabi é uma ótima jogadora, mas dizer que ela está entre as 3 melhores jogadoras do mundo é, no mínimo, equivocado. Pra começar, Sloetjes não seria banco pra Gabi porque elas jogam em posições diferentes. Gabi é ponteira, Sloetjes é oposta e Gabi não ataca bem pela saída de rede.

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  3. Queria dizer que a Gabi está se firmando e não se formando.

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  4. Que Zhu é a melhor jogadora hj, isso é indiscutível. Concordo com o colega q diz q ela será uma das melhores da história do vôlei, mas pra mim a jogadora mais completa dessa competição foi a Hill. Ela foi regular em todos os jogos e em todos os fundamentos. Mas Zhu é a grande difinidora e no final, isso importa mais pra qualquer avaliação.

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  5. Goncharova, não pode continuar no MOSCOU desperdiçando sua careira que não fosse para a Turquia mais poderia ir para a Italía até para experimentar outro estilo de jogo.

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