Quem pode derrubar as comandadas de Bernardinho? O time do Rio de Janeiro sagrou-se no último sábado (18) tetracampeão Sul-Americano de clubes, igualando-se em títulos ao arquirrival Osasco (Vôlei Nestlé) e sendo superado apenas pelo Fluminense, time que foi hexacampeão do torneio em meados dos anos 70. Falar do Rexona é falar de sucesso: o projeto iniciou-se em 1998, mudou de cidade e já soma 11 títulos nacionais entre os dois clubes (é bom lembrar que a CBV registra times por clube e não por patrocinador), 3 Copas do Brasil e 4 Sul-Americanos. Dentre os mais importantes títulos possíveis, só lhe falta um: o sonhado Mundial de Clubes. E ele está a caminho novamente de disputá-lo, já que venceu o Praia Clube em casa por 3x1 (25-19, 20-25, 25-20, 25-10) na final do Sula. O Rexona, por muitas vezes, nem tem o melhor elenco do campeonato. Dessa vez inclusive, não é diferente. O time pode ter Érika, Natália ou Buijs de titular e ainda assim é campeão nacional. O trabalho de Bernardinho e da comissão técnica é impecável. Não existe nas Américas time mais forte e mais campeão do que o Rexona.
Jogadoras do Rexona erguem pela primeira vez a taça de campeãs sul-americana em 2017 (Foto: CSV) |
O Praia Clube sabe e sente isso. Comentarista do canal Sportv, Marcos Freitas anunciava após a final do torneio: o Praia Clube tem 22 partidas contra o Rexona na história e 22 derrotas. Historicamente é justificável, os dois times começaram diferente, o Rexona já veio gigante e com patrocinador forte, uma das maiores verbas da liga quando estreou. O Praia precisou caminhar do zero, de clube de sócios do interior até ser o segundo melhor time do país. E hoje, é, mas não demonstra isso em quadra quando enfrenta o Rexona. O time disputou três finais contra o Rexona: a Superliga 2016, a última Copa do Brasil e o atual Sul-Americano. Nas três ocasiões, tomou um 3x1 das cariocas. Teoricamente, o time do Praia é até melhor que o do Rexona. Mas na execução, parece que bate um medo... Infelizmente, o resultado já era totalmente previsível, como vêm sendo os confrontos entre os dois. O Praia Clube tem que entender que não é mais um time pequeno, é vice-líder das principais competições do país e espera-se que pelo menos façam frente dignamente às rivais.
Praia Clube foi derrotado diante de sua torcida em Uberlândia (Foto: CSV) |
Coragem, no entanto, não falta ao arquirrival carioca: o Vôlei Nestlé Osasco. Digam o que quiserem, historicamente, Osasco é o único time no Brasil que foi capaz de derrubar o Rio em uma final de Superliga (o Rexona, ainda como Paraná VC, perdeu para a Uniban em 1999). O número é ingrato para as paulistas, o Rexona tem 7x2 em finais de Superliga, mas ainda assim, é o time que mais derrubou as cariocas e muitas dessas vitórias, em confrontos duros. Nos últimos anos, Osasco perdeu consideravelmente sua força no território nacional e viu Sesi e Praia Clube chegarem a uma final - ambos sem fazer frente ao rival. O pior é que em sua última final, em 2015, Osasco tomou um sonoro 3x0 do time de Bernardinho. Na última edição caiu para o Praia na semifinal, não classificou-se ao Sula. Atualmente é o único time que derrubou o Rexona na temporada e sonha com um convite da FIVB (é bom lembrar que isso envolve dinheiro do clube!) para tentar o bicampeonato no torneio que almeja o Rexona: o Mundial de Clubes. Bem, mas antes disso, teremos muita Superliga pela frente...
Além dos brasileiros Rexona e Praia Clube, o peruano San Martin bateu o argentino Villa Dora por 3x0 (25x20, 31-29, 25-17) na disputa do terceiro lugar. O argentino Boca Juniors em quinto e o boliviano Club Olympic completam a classificação do campeonato. Na seleção do campeonato, Roberta Ratzke (REX) foi eleita melhor levantadora, Monique Pavão (REX) melhor oposta, Alix Klineman (PRC) e Angela Leyva (USM) primeira e segunda melhores ponteiras respectivamente, Fabiana Claudino (PRC) e Walewska Oliveira (PRC) primeira e segunda melhores centrais respectivamente, Fabiana Alvim (REX) melhor líbero. A ponteira do Rexona, Gabriela Guimarães, foi a MVP do campeonato.
San Martin, Rexona e algumas jogadoras do Praia após premiação do Sul-Americano (Foto: CSV) |
Se o time de Osasco acreditasse nele mesmo de que é um Gigante em âmbito nacional e internacional a aproximadamente uma década atrás, hoje seria o maior vencedor de Superligas e de mundiais!
ResponderExcluirO técnico é ruim, muito ruim mesmo. Luizomar pode ser bom para treinar juvenis, mas no adulto é uma piada. As orientações táticas dele são uma piada!
Excluir"Você aqui, você no meio.. Pô gente, Pô meu.. Brait cobre lá.. Bora Moçada..carinho no passe que ainda tem jogo"
ExcluirPdo Rexona ser campeão mundial falta uma grande definidora. Se com Buijs horrível, Drussyla assumindo o passe e Monique de oposta o Rexona Levou Casalmaggiore e Eczacibasi ao tie break, com uma Goncharova ou Rahimova de oposta teria sido campeão. Por outro lado se tivesse alguma definidora desse nível ai é que a hegemonia nacional ia se perpetuar mais e mais.
ResponderExcluirSe o SESC colocasse mais um bom dinheiro juntado com o Rexona próxima temporada: Renova com as principais: Fabí, Roberta, Jucy, Carol e Gabi. Não renova com Buijs e trás a Hill (que é melhor que a Buijs e tá no banco no vakif. Hill não deve ser fora da realidade financeira brasileira, e acho que a exemplo da Buijs, um convite do Bernardinho a faria vir pro Brasil). Não Renovaria com a Monique e tentaria uma oposta internacional. Quem sabe Sarah Pavan ou Mihajlovic(para jogar na saída de rede)poderiam retornar. Iria pedir Rahimova, mas ela deve ser muito cara.
Um time com:
Fabí
Roberta/Mihajlovic
Hill/Gabriela
Carol/Jucy
Ganharia mundial de boa.
Incrível como ninguém consegue entender que o VitrA era uma equipe completamente desentrosada quando jogou com o Rexona, principalmente com as meio de rede e como a levantadora sérvia, que consegue ir da glória ao inferno em um mesmo set. E o Pomi é uma equipe do nível do Rexona, com o diferencial de possuir uma definidora, no caso a Fabris. E sobre o Osasco, enquanto tiver as terríveis Dani Lins e Gabiru, jamais conseguirá ganhar algum título, do que adianta termos uma levantadora de "toque refinado", se a mesma sofre umas panes que dá medo, ou alguém esquece que quase fomos eliminado pela Rússia em Londres quando a mesma levantou três bolas china seguidas com a Fabiana ou quando o Osasco foi eliminado pelo Rio, quando ela levantou tb três bolas seguidas para a terrível Gabiru. Pena dos pobres Osasquenses.
Excluir*o VitrA continua sendo uma equipe desentrosada que enquanto não souber utilizar as duas ótimas centrais, vai continuar passando vergonha.
ExcluirBernardinho não quer saber de ganhar mundial de clubes...e ele está certo.Em que vai mudar o vôlei brasileiro ganhado um mundial de clubes? O Bernardinho além de o melhor técnico do mundo,tem uma consciência social e política danada e sabe que não é o momento e nem prioridade no Brasil gastar dinheiro contatando uma opoSta ou ponteira cara como Zuu,Larson,Kosheleva,Kim,Boskovich ou qualquer outra tamanha a crise e outras prioridades que o país tem.Não vai fazer diferença pra ele ganhar um mundial de clubes...pode fazer pro Ruimzomar,Picinini ou qualquer outro técnico meia boca e incompetente que mesmo com um time caro as vezes perde jogos pra times medíocres e com o investimento pífio.O certo seria a CBV se atualizar,acabar com o ranking e deixar nossas jogadoras como Fábiola,Natália,Garay,Thaisa jogarem aqui e esquecerem essa merda de ranking.O Bernardino nao fala explicitamente,mas ganhar ou perder mundial de clubes não faz diferença pra ele e ele consegue tirar de todas as jogadoras o melhor delas,o que faz o timediatamente ser campeão.Mas acho que o Minas pode sim dar trabalho e tecnicamente é o melhor time da superliga hoje.Nenhum time vai ganhar fácil com Rosamaria e Hooker no ataque e Jaqueline e Leia segurando e varrendo o fundo de quadra.Minas tá chegando e tem time pra ganhar a superliga.Pra mim o que acaba com o osasco é a acomodacao da Dani Lins e a previsibilidade que tornou seu jogo e a merda de passe de Sérvia
ResponderExcluirRicardo, tenho que discordar de você e dizer que seu comentário perde um pouco do sentido. Primeiramente, qual clube do mundo não quer ser campeão mundial? As modestas Filipinas pagaram 1 milhão de dólares só para sediar o campeonato. Sem contar o quanto a FIVB recebeu em Wild Cards do turco, dos suíços e do japonês. O Rexona não contrata jogadoras como as que você citou porque NÃO TEM VERBA para isso. A própria Rússia não conseguiu segurar Kosheleva, o Moscou é o time mais rico do país e sofre para manter Goncharova. Acredite em mim, se não fosse importante ou prioritário para ele, o Rexona nem disputaria o torneio e todos os gastos que o mesmo envolve. Quanto ao ranking, não sei se realmente mudaria muito. As brasileiras são valorizadas no exterior e ligas como Turquia e Itália pagam muito mais do que a brasileira, sem contar times independentes como o Volero e o Evergrande. Não é só questão do ranking, mas questão financeira também. Talvez o Rexona pudesse ter Natália ou Garay se não fosse o ranking, mas poderiam disputar em verba com os gigantes do mercado?
ExcluirConcordo em partes. O mais importante deva ser participar do mundial, uma vez que as marcas ficam em grande evidência. E sim, o Rexona até teria dinheiro para competir com os clubes turcos, ja que a Unilever é uma empresa muito famosa no mundo todo e o SESC veio disposto a investir no volei( desembolsando 20 milhoes no seu primeiro ano, e olha que o time masculino esta na Superliga B). MAs BErnardo tem os pés no chão, não é de fazer loucuras e da maneira que esta hoje, tem dado certo. Por que mudar?
ExcluirComo sonhar não custa nada, gostaria de ver Rahimova, Rykhliuk, Skowronska, Kosheleva, Egonu ou Calderon no Rexona-Sesc.
Caro Ricardo Campos Gomes, a tal "merda" do passe da Sérvia, levou o time comandado pelo Terzic ao Vice Campeonato da Copa do Mundo de 2015 e ao Vice Campeonato do Torneio de Vôlei dos Jogos Rio-2016!
ResponderExcluirCoisa que jamais um tico como o do Brasil sonharia em chegar tão longe e foi comandado por técnico Tri Campeão Olímpico!
OK!
Abraço!
KKKKKKKKK, concordo, Malesevic conseguiu segurar o passe jogando contra russas, americanas, chinesas, holandesas, italianas e o crl a quatro, não vai conseguir o mesmo nessa Superliga tombada. Todo mundo sabe que o problema se chama Ruimzomar, que faz qualquer grande jogadora regredir, além de não passar segurança para as jogadoras, pois se a sérvia quinar dois míseros passes, a mesma é substituída pela terrível Gabiru. Tô com pena desde já, da promissora Angela Leyva, nas mãos desse homem.
ExcluirConcordo. O time sérvio só passou a guinar nos Jogos Olímpicos com Malesevic na linha de passe para que o jogo de bolas altas com Brankika e Boskovic vingasse. Se o Terzic tivesse mantido Nikolic, a equipe sérvia não chegaria nem a decisão.
ExcluirMalesevic é uma das jogadoras mais regulares do Osasco.
Concordo!
ExcluirEstou com vocês nessa também! Aliás, a Sérvia só passa de boa a grande seleção, depois que a Malesevic assume a titularidade do time. Terzic tentou por anos com Malagurski, Molnar, Nikolic, Vesovic, Blagojevic e nenhuma segurou o time, principalmente no ataque (Molnar era boa passadora, mas não atacava bem).
ExcluirPor incrível que pareça, o único time que não treme para o Rexona é o Osasco. Ele pode entrar meia boca contra qualquer outro, mas contra o Rio, joga com a faca nos dentes. Na temporada que perdeu pro Sesi na semi, lembro que havia ganhado (e com folga) os 2 jogos pela etapa classificatória.
ResponderExcluirVeremos quais serão os times convidados pela FIVB pra saber como será nivelado o torneio. O do ano passado foi bem interessante, apesar dos times estarem claramente desentrosados.
A Tandara disse no roda de volei, que o OZ realmente foi convidado. MAs vai depender do patrocinador, se vai aceitar desemblosar uma fortuna pra time "tentar" o bi-mundial. Acredito que a Nestlé não vai fazer essa loucura, tendo em vista os ultimos resultados do time.
ExcluirO grande lance do Rio não é nem o Elenco que seja tão forte, mas sim bem treinado.
ResponderExcluirO Rio quase não erra.
As hogadoras fazem tudo milimetricamente pensado.