Os clássicos que confirmaram Sérvia e Itália no topo do voleibol Europeu

Os jogos desta sexta-feira no Campeonato Europeu levaram os favoritos desde o início ao lugar em que esperávamos: a final. Desde 2018, quando protagonizaram a final do Mundial, Sérvia e Itália são consideradas as melhores equipes do continente, o que ficou confirmado mais uma vez. 

Hoje, as duas maiores opostas do planeta e máquinas de pontuação de suas seleções ficam frente a frente em uma série de confrontos que favorece a Sérvia.

Danesi e Egonu marcam ataque de Boskovic na final do Mundial 2018; clássico vai se repetir hoje (Foto: FIVB)


Quem mais ameaça essa soberania é a ótima Turquia, de Giovanni Guidetti. Elas fizeram um jogo duro, mas não conseguiram derrubar a favorita. A Sérvia venceu de virada por 3 sets a 1 (32-34, 28-26, 25-23 e 25-13), em um jogo extremamente emocionante, excedendo o 4º set.

A Sérvia perdeu, é verdade, mas saiu da sua zona de conforto. É verdade que o padrão não mudou: Boskovic fez 39 pontos nos 69 levantamentos que recebeu (dos 125 da partida). Ognjenovic já desistiu de seu padrão técnico, só mira na oposta, com quem vai jogar por clubes também, coitada. 

E sim, dá para criticar Ognjenovic. Zoran Terzic foi obrigado a tirar a limitada Busa de quadra ainda no primeiro set. Foram 2 erros de passe, 2 erros de ataque, 0 pontos e rapidamente Lazovic entrou. A ponteira marcou 11 pontos, 7 de ataque e teve 54% de aproveitamento. Mesmo assim, a levantadora ignorou a ponteira na distribuição.

Apesar de receber poucas bolas, entrada de Katarina Lazovic (2) foi essencial para virada sérvia na partida (Foto: CEV)


Lazovic é a melhor opção de ponta para a Sérvia. Milenkovic e Busa podem até sustentar o passe, mas não rodam bola. As centrais sérvias são boas, fazem o básico e são sempre bem marcadas porque ninguém espera muito das pontas. Um problema ao enfrentar a melhor dupla de centrais da Europa, quiçá do mundo.

Que não foi tão objetiva ontem como era esperado, aliás, Gunes jogou mal. A central foi substituída no terceiro set com 6 pontos e 5 erros. Esse é o preço que você paga por descartar uma central como Akman: Guveli é bem mais limitada e Baskir nem foi considerada, até Aykaç seria opção melhor do que as duas.

NÃO VAI PASSAR! Rasic bloqueia ataque de Gunes, em dia atípico da central turca (Foto: CEV)


A Turquia ainda teve uma atuação fraca de Baladin e mediana de Senoglu. As melhores da partida foram Karakurt e Erdem e vale lembrar que a Turquia teve problemas de saúde com Boz e Ismailoglu. A Turquia segue em crescente, é boa, é forte, mas o sistema defensivo sérvio alinhado à eficiência de Boskovic ainda são superiores. 

No outro confronto, a vitória da Itália sobre a Holanda já era esperada. Hoje a Holanda é a 5ª força do G5 Europeu, com certa decadência em relação aos últimos anos. Seu maior problema é na saída de rede, onde não se encontrou desde a saída de Sloetjes. A Itália levou a melhor por 3 sets a 1 (25-19, 25-17, 16-25 e 25-18), mas a forma como esse resultado foi construído é o mais interessante.

É curiosa a insistência de Avital Selinger na oposta Dambrink. A jogadora saiu zerada no ataque do primeiro set, enquanto Plak virou 2 dos 3 levantamentos que recebeu na inversão. No segundo set, Selinger voltou com Dambrink de titular para fazer seu único ponto de ataque na partida.

Dambrink sofreu no ataque contra a Itália (Foto: CEV)


Com a entrada efetiva de Plak no terceiro set, Bongaerts viu nela sua principal referência. Não que a oposta seja extremamente eficiente, mas é opção melhor do que Dambrink. E Plak fez a defesa italiana trabalhar mais, no set em que a azurra mais sofreu também no saque. 

E quanto mais a Itália joga, mais propensa ela é a deixar seu maior problema exposto: os erros, foram 10 na terceira parcial perdida. Mas foi a exceção, porque a Itália fez um jogo excelente. A boa entrada de Gennari, principalmente no passe (acredito que há erro na estatística que mostra duplo 0%), ajudou a colocar as coisas no lugar para a azurra.

Pietrini recepciona saque, ao lado de De Gennaro e Gennari (Foto: CEV)


A escolha de Orro como levantadora titular foi certeira, já faz algum tempo que ela está melhor do que Malinov. Como de costume, Egonu comandou a pontuação com 24 pontos e Danesi fez 17. Vale também elogiar o desempenho de Pietrini, que segue muito bem. 

O favoritismo hoje é sérvio, até pelo retrospecto das duas seleções. Mas nada é garantido em um grande clássico.

Comentários

  1. A Orro consegue ser pior que Malinov, assim fica difícil

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  2. A Servia é um time mediano!! Quando a Boskovic não está em ótimo dia, o time perde!! Foi o que aconteceu ontem, ela não jogou bem e a Itália venceu!!
    A Servia tende a decair muito, pois, a Boskovic não vai segurar o rojão em todas as partidas, a Brankica lesionada não deve ficar muito tempo na seleção, as outras ponteiras são medianas e as centrais também, tirando a Rasic, mas que já também já está em decadência e se for até Paris, vai apenas por nome e compor o grupo!! Essa Maja na minha opinião nunca foi ótima e atualmente está bem limitada nos seus levantamentos, joga muito no nome e é sim extremamente soberba!!

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