Minas sofre com paredão do Praia, mas reage no tie-break e se aproxima de título

O Minas se saiu melhor no jogo contra o Praia Clube e abriu 1 a 0 na série de melhor de três jogos da final da Supeliga. Em jogo disputado, as comandadas de Lavarini venceram por 3 sets a 2 (28/26, 25/22, 17/25, 17/25, 15/6).

A gente nem falou da semifinal, mas todo mundo esperava por Minas e Praia aqui. Foram superiores durante todo o campeonato e só comprovaram isso contra Osasco e Bauru respectivamente. Os times se conhecem muito bem, sabem suas fraquezas e seu potenciais - mas sempre há lugar para o inesperado.

Minas saiu na frente da final (Foto: Orlando Bento/MTC)

Para começar, acredito que a melhor jogadora da partida tenha sido Léia, mas o Viva Vôlei é justo: enquanto Gabi jogou bem, o Minas venceu. Com Bruna em um dia pouco inspirado e Natália aquém, o Praia cancelou o jogo de Macris pelo meio. Não que Macris tenha jogado mal, mas cometeu erros que normalmente não comete, estamos mal acostumados inclusive. O Praia chegou a colocar bloqueio triplo em Carol Gattaz - isso é atípico, questão de estudo. A levantadora começou mal, mas o time foi atrás.

Duro para o Praia perder Garay com uma lesão no tornozelo e talvez isso tenha pejudicado o time no primeiro set. Mas fato é que o dia era de Fawcett, que jogo incrível! Foram 30 pontos e uma fato: a oposta gosta de finais! Não acho que a americana tenha feito um campeonato ruim, mas não me lembro de outra partida tão grandiosa. Mas foi o paredão do Praia que mais incomodou o Minas: incríveis 22 pontos, comandados pelo fenômeno do fundamento, Carol, com 9. Não é coincidência que as extremas do Praia tenham marcado 10, é estudo do rival, muito bem feito inclusive.

O Minas se perdeu a partir do terceiro set, quando Carol fechou a rede para as rivais. O passe do time caiu, Gabizinha perdeu sua eficiência e o time não conseguiu rodar. Esse foi o melhor momento de Lloyd na partida, ela tem mais facilidade com Carol do que com Fabiana.

PAREDÃO: Praia fez 22 pontos de bloqueio no Minas (Foto: Orlando Bento/MTC)

Se o Praia perdeu Garay, usou 'o fator surpresa' com Ellen e Rosamaria, já que Michelle não pontuou no jogo. Essa não é a principal função dela, mas não a exime de fazê-la também; Bom para o Praia é ter banco, não existe uma só posição do time que não tenha uma grande reserva à altura. Rosamaria me impressionou mais no passe do que no ataque, cresceu muito no fundamento nesta temporada. E Ellen é boa, apesar de não ter feito lá um grande jogo, merecia mais chances.

Mas na decisão, no desempate, só deu Minas. Gabi voltou a jogar bem, Natália chamou a responsabilidade e Macris fez seu melhor set. Deu Minas, com justiça. Apesar da queda de rendimento no terceiro set e do apagão no quarto, o Minas foi superior ao rival durante toda a temporada, principalmente em finais. Perdeu uma vez quando esteve totalmente desfalcado e é favorito a levar o segundo jogo, lá em Uberlândia. Positivo para o Praia é o crescimento e a reação do time.

Uberlândia recebe a partida na próxima sexta-feira, 26, no ginásio do Sabiazinho. Se vencer, o Minas é campeão. Se der Praia, haverá o terceiro jogo no Mineirinho em Belo Horizonte.

Superliga 2018/2019 - Final (Jogo 1)

Itambé/Minas 3 x 2 Dentil/Praia Clube (28/26, 25/22, 17/25, 17/25, 15/6)

MIN: Mara (6), Gattaz (10), Macris (3), Bruna (16), Gabi (22), Natália (16), Léia (L). Lana, Malu, Geórgia, Mayany (4), Bruninha (1).

PRA: Fabiana (7), Lloyd (6), Michelle, Fawcett (30), Carol (13), Garay (3), Suellen (L). Ellen (7), Paula, Rosamaria (10), Ananda, Laís.

Gabi foi eleita a melhor da partida (Foto: Orlando Bento/MTC)