O conflito entre a jogadora Magdalena Stysiak e o atual líder e campeão polonês, Chemik Police, teve uma nova página nesta quinta-feira (17). O Conselho Administrativo da PLS (sigla em polonês para Liga Polonesa de Voleibol) negou o pedido do Police para aplicar sanções a Stysiak devido ao que considera um rompimento contratual pela parte da jogadora.
A decisão da LSK deixa Stysiak livre para integrar-se a outros clubes, já que a janela de transferência do Polonês fecha em 31 de janeiro. Atualmente a oposta de 2m03 treina com o Budowlani Lodz, rival direto do Police pelo título do Polonês que já manifestou interesse em contratá-la.
Magdalena Stysiak se envolveu em conflito com Chemik Police (Foto: Krzysztof Cichomski /Newspix) |
Relembre o caso
Em dezembro do ano passado, dias depois de completar 18 anos, a oposta Magdalena Stysiak decidiu romper contrato com o Chemik Police. A jogadora e seu agente, Roberto Mogentale, defendem que ao completar a maioridade, o contrato anterior com o time expirou e um novo precisaria ser assinado. O Police não só discordou da decisão, como não aceitou a proposta de Stysiak, alegando que a oposta tinha contrato com o time até o final da temporada 2019/2020, assinado por ela e pelos pais.
O desentendimento vem gerando uma grande dor de cabeça na PZPS (Federação Polonesa) e para a PLS. A decisão do Conselho da Liga favorece Stysiak, claro, mas abre um precedente perigoso e inédito: a invalidação de contratos de jovens após os 18 anos. Por outro lado, se a causa é ganha ao Police, Stysiak estaria fora desta temporada e da seguinte, caso não se entendesse com o clube. Assim, a Polônia perderia uma promissora oposta de 18 anos e 2m03.
Parece ser essa linha que a Federação quer evitar, o prejuízo a uma promessa nacional. Entretanto, o fator agravante é que após seu aniversário em 3 de dezembro de 2018, Stysiak ainda atuou em três jogos pelo Chemik Police, sob vigor do antigo contrato - é obrigatório o envio do contrato de todas as jogadoras a cada jogo disputado.
O que diz o Police
A decisão do Conselho da PLS só foi divulgada ontem (17), mas já na última quarta-feira (15) o Chemik Police manifestou-se oficialmente em nome de seu presidente Paweł Frankowski, comentando o 'possível' resultado positivo para Stysiak.
Em nota oficial, o Police disse que esta é uma questão para autoridades judiciais e que a PLS seria apenas uma sociedade autônoma (não é a Federação que cuida do campeonato, como no Brasil). O time ainda questionou a imparcialidade do órgão que tem Marcin Chudzuk, presidente do Budowlani Lodz (time que deseja contratar Stysiak) como ex-membro do Conselho da PLS e atual membro da Federação Polonesa.
Ainda segundo Frankowski, a questão do excedente é perigoso. "Com a decisão da PLS favorável à Magda (Stysiak), não será lucrativo contratar jovens jogadoras. É melhor trazer alguma mais experiente, porque pelo menos você tem certeza de que o contrato assinado vale algo. Eu não quero mencionar a situação dos clubes que têm bases sob suas mãos ou os que comandam equipes juvenis. A maior parte dos contratos é assinada antes dos 18 anos", disse o presidente do clube.
Por fim, o clube confirmou que apelará ao Tribunal Geral e que o processo durará vários meses, permitindo que Stysiak jogue pelo Budowlani. Entretanto, o Police fez uma ressalva: se a apelação for considerada e o comportamento de Magda for definido como ilegal e consequentemente contrato for anulado e sem efeito, o Budowlani verá tudo o que conquistou virar pó.
Climão!
Magdalena Stysiak (Foto: Chemik Police) |
Climão!
Nossa gente, tá parecendo a SL kkkkkkkk. Essa era uma questão a ser vista no começo da temporada polonesa, ou não? Não sei exatamente como funciona por lá mas, pela experiência daqui, tudo tem que ser acertado antes da divulgação do regulamento, onde todos os clubes concordam com a decisão, ou a maioria deles. Que confusão!
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