USAV sofre pressão e Hooker recebe convocação fictícia

Antes de falarmos conclusivamente sobre o retorno da oposta Destine Hooker à seleção principal de seu país, é preciso cautela. A jogadora não é convocada desde 2013, quando teve problemas pessoais e comportamentais com o técnico da seleção norte-americana Karch Kiraly. Hooker ficou fora de torneios como o Mundial 2014 e a Copa do Mundo de 2015. Há algumas semanas a jogadora manifestou interesse em retornar à seleção principal através de uma rede social, mas Kiraly mostrou-se irredundante. No entanto, Hooker foi a grande estrela do vice-campeonato olímpico dos Estados Unidos em 2012 e uma das grandes estrelas daquele ciclo. Sendo assim o gerente da USAV, Doug Beal, se viu pressionado tanto por fãs de Hooker quanto por entidades esportivas para o retorno da atleta à seleção principal. Uma dessas entidades é a Universidade do Texas na pessoa de seu diretor  Mike Perrin. Perrin declarou que o comportamento de superioridade e o status de "diva" de Hooker incomodou o jogo de equipe do treinador. Em defesa da atleta, Perrin defendeu sua mudança comportamental durante a temporada 2014/2015, onde jogou pelo coreano IBK Altos e foi campeã da liga nacional. O diretor montou ainda um documento com depoimento de fãs, atletas e treinadores que trabalharam com Hooker confirmando a alegação de seu melhor comportamento esportivo.

Além disso, Beal sofre com os rumores da comunidade esportiva afro-americana, onde rumores comparam Kiraly ao técnico Chip Kelly do futebol americano, na sua dificuldade em trabalhar com atletas afro-americanos de personalidade forte. Os rumores tem fortalecido ainda o ideal de que os problemas pessoais de Kiraly com a jogadora, não devem ser considerados de acordo com a natureza patriótica dos Jogos Olímpicos. A verdade é que a associação teme que o corte de Destinee gere uma tensão racial na equipe.

Hooker é tida como negligenciada por Kiraly e mantém sonho olímpico


Pensando nisso Doug Beal viu uma saída: convidar Hooker de volta aos treinamentos em condições de jogar as Olimpíadas, mas sobre várias exigências da USAV. As exigências são divididas em tópicos que definem: a disponibilidade diária de treinamento, aceitar a responsabilidade por seu comportamento, ser respeitosa, acatar as regras e diretrizes da seleção e estar consciente de que o contrato pode ser rompido eventualmente.

Entretanto, Hooker tem pouco a comemorar. Os Estados Unidos disputam duas competições em 2016, o Grand Prix e o Jogos Olímpicos. E Hooker não está inscrita dentre as atletas que participarão do GP, as opostas convocadas são Lowe, Murphy e Fawcett. Hooker teria de correr por fora, sem participar de jogos oficiais para chegar à olimpíada do Rio. A atleta volta de gravidez e ficou parada na última temporada. 

Além de Kiraly, Hooker teve problemas no passado com a direção do clube italiano Scavollini Pesaro e do russo Dínamo Krasnodar, onde atleta e departamento médico divergiram na gravidade de lesões sofridas por ela, em ambos os casos. Quando atuou no Brasil, Hooker teve uma discussão familiar e lesionou sua mão em uma briga. Entretanto recuperou-se a tempo de defender o time e tornar-se campeã nacional com Osasco. Na última temporada, quebrou um pré-contrato com o chinês Tianjin B.B, que contratou a cubana Carrillo e posteriormente foi campeão do nacional.

Hooker recebeu convite da seleção americana


Fonte: marionberrysports

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