China se supera e é campeã da Copa. Sérvia surpreende e se garante nas Olimpíadas

Chegou ao fim a Copa do Mundo da FIVB 2015. A grande campeã é a China de Lang Ping, que traçou um caminho complicado até aqui. Há poucos dias do embarque para Tóquio, a China perdeu sua capitã Ruoqi Hui, com problemas cardíacos. Restou a Ping inscrever sua levantadora Qiuyue Wei, que não se recuperou a tempo para disputar a competição. Na raça, Ping trouxe Changning Zhang, oposta, para a ponta, jogando ao lado de Chunlei Zeng, outra oposta, essa compondo a linha de passe. O diferencial da China para o título foram as peças de reposição: se o passe caísse, Xiaotong Liu vinha com essa especialidade, se Zeng estivesse mal na saída ou Zhang na entrada, entrava Liu Yanhan. Tudo isso associado a um excelente campeonato de Jingsi Shen, muito bem substituída por Xia Ding quando necessário. A seleção que comoveu um país ao chorar pela perda de Hui, hoje chora de felicidade pelo ouro da Copa e pela vaga garantida nas Olimpíadas do Rio.

Sem Hui e Wei, China foi campeã da Copa do Mundo 2015


A grande surpresa dessa Copa foi a Sérvia. Surpresa em atuação, uma vez que grandes talentos individuais não faltam a elas. Maja Ognjenovic fez um campeonato excelente, usou com maestria suas melhores opções, a levantadora sérvia cresce cada vez mais no cenário internacional. Terzic acordou para a necessidade do passe, trocou finalmente Jelena Nikolic por Tijana Malesevic quando necessário, essa segunda tem postura defensiva suficiente para assumir a titularidade na ponta. Quem não quer um trio de centrais com Milena Rasic, Stefana Veljkovic e principalmente Jovana Stevanovic, que caiu como uma luva e mudou a cara dessa seleção. Outra mudança importante foi a vinda à titularidade de Silvija Popovic, esquecida há alguns anos, retornando em 2015 após ótima temporada no Volero. O que não precisa mudar é o poder definidor de Brankica Mihajlovic, uma das melhores ponteiras do mundo! E aos poucos, Tijana Boskovic voltou a jogar o mais puro e fino de seu voleibol, com altos pontuações e aproveitamento. Vice-campeã e fora do trio de favoritas, a equipe europeia embarca ao Rio.

Vice-campeãs, sérvias comemoram a vaga para as olimpíadas do Rio


Em 3º lugar, Kiraly pagou o preço de não ter levado Kelly Murphy e Krista Vansant. Bem marcadas, Kim Hill e principalmente Karsta Lowe sofreram contra os grandes e no banco não houve as melhores opções para substituí-las. Alisha Glass fez um péssimo campeonato, acompanhada por fracas atuações de Jordan Larson

Favoritas ao título, americanas ficaram apenas com o bronze


Duas derrotas bastaram para levar a  Rússia à 4ª posição. Excelente campeonato do time de Marichev, que assistiu a inéditas grandes apresentações de Yana Shcherban. Nataliya Goncharova foi absoluta até o jogo contra os EUA, onde a oposta nitidamente se mostrava abatida e exausta. Marichev também demorou a retornar com Tatiana Kosheleva - ninguém tinha dúvidas de que Alexandra Pasynkova e Yana Shcherban não teriam grandes atuações por muito tempo. Mas o grande problema da Rússia foi mesmo no meio, Ekaterina Lyubushkina e Ekaterina Orlova foram vergonhosas nessa Copa. Lyubushkina veio para a Rússia com a promessa de mudar o padrão de jogo pelo meio e mudou: para pior! Totalmente ineficiente na china atrás, ainda bloqueou mal - assim como Orlova, lenta e pesada na composição de bloqueios. As melhores atuações de centrais russas ficam pra Irina Fetisova, que jogou muita bola contra os EUA. E pra finalizar, não toquem em Anna Malova: melhor líbero da Rússia.

Quase: Rússia amargou duas derrotas para os grandes e ficou fora das vagas olímpicas


Na 5ª colocação, o Japão que fez um campeonato de altos e baixos. Com varias trocas de titularidade e atuações irregulares, o time ainda não está preparado para uma Olimpíada. A Coréia fica em 6ª, com um início ruim de Yeon-Koung Kim, que se recuperou durante o torneio. O maior ganho da Coréia foram as ótimas atuações da central Hee-Jin Kim na saída, por vezes melhores do que as de Kim. Em 7º lugar as dominicanas perderam sua velocidade de jogo, atuações horríveis das centrais em todo o campeonato. Brenda Castillo se destaca, joga em alto nível contra qualquer equipe do mundo. Sem suas principais jogadoras lesionadas, a Argentina (8ª) de Yamila Nizetich e Cuba (9ª) de Melissa Vargas, cumpriram seus papéis. O Quênia (10º) fez seu melhor campeonato da história e evidenciou que tem sim recursos de um bom ataque, principalmente com Mercy Moim. Desfalcado, o Peru (11ª) fez um campeonato ruim sem Maguilarias Frias e Angela Leyva e a Argélia (12ª) jogou vergonhosamente mal com sua seleção sub23, uma vez que deu preferência ao All African Games. 

Fora dos favoritos, Coréia e China foram os times mais bem classificados da Copa 


Campeã e vice, China e Sérvia tem vaga garantida nas Olimpíadas 2015.

Comentários

  1. Campeonato com resultado final justo. Só discordei dos prêmios individuais.

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  2. No levantamento a peruana e a Sérvia foram melhores.

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