Cuba libera transferências e tem interesse de times tcheco, russo e japonês

Em 2014 o presidente da Confederação Cubana de Voleibol, Ariel Saínz, deu uma entrevista a uma emissora de rádio cuba, a Radio Rebelde, onde prometia a liberação de alguns jogadores do voleibol cubano para times parceiros:

"Estamos em contato com clubes interessados ​​na contratação de jogadores cubanos. Agora só temos de avaliar o processo de uma forma organizada em que esperamos que possa dar frutos"

A promessa nunca esteve tão próxima de ser cumprida e provavelmente, as primeiras jogadoras de Cuba já têm destino certo: o tcheco Agel Projestov, representante do país na Champions League. As escolhidas são as ponteiras Melissa Vargas, 15 anos, o grande talento da atualidade no voleibol cubano e Sulian Matienzo de 20.

A talentosa Melissa Vargas (4) e a capitã Sulian Matienzo (18) devem ser as primeiras transferências da nova política da confederação cubana


Segundo o treinador do Projestov, Miroslav Cada, é a segunda vez em que o mesmo visita a ilha em busca de novas jogadoras, a próprio convite de Saínz:

"Passei o tempo todo na capital Havana com base no convite do presidente da Federação Cubana de Vôlei. E o que eu fiz lá todos os dias foi assistir as sessões de preparação da seleção cubana"

Cada disse ainda ter participado de algumas reuniões sobre a contratação de jogadoras, mas que o processo é lento, burocrático e necessita de paciência. No entanto, as coisas estariam adiantadas e o Agel deve concretizar o acordo com a confederação do país. Cada ainda firmou a ótima relação que construiu com os dirigentes de voleibol em Cuba. O técnico tcheco ainda denunciou a presença de outros olheiros no voleibol cubano:

"Não era só eu que estava lá assistindo a equipe nacional cubana, também estavam presentes Nikolay Karpol, o famoso estrategista russo, e também um treinador japonês. Muitos clubes estão interessados ​​nos jogadores cubanos, porque eles têm um potencial significativo e eles são geralmente muito lucrativos para o tipo de voleibol que jogam, o que pode ser muito vantajoso, como vimos com Liannes Simon no ano passado."

A parceria entre a Federação Cubana e o Agel deve confirmar Vargas e Matienzo na República Tcheca nos próximos dias.

O que muda no voleibol cubano em 2015

A partir de 2015, a Federação Cubana de Voleibol vai agenciar o interesse de alguns clubes estrangeiros em seus atletas. Caso concorde com a oferta e seja feita a negociação, a confederação liberará jogadoras para que possam atuar em ligas de outros países sem a necessidade de cumprir carência ou perder a nacionalidade. As jogadoras também não necessitarão de se afastar da seleção - poderão atuar normalmente pelo país. No entanto, a possibilidade do retorno de atletas proibidas de atuar por Cuba - como Ramirez, Herrera, Carcases e a própria Simón - sequer foi comentada. 

Diferente da nova regra, Simón atua pelo Agel após cumprir carência de 2 anos exigida pela confederação

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