LNV - Dia 11: EUA bate Brasil e se isola na liderança; Itália vence outro jogo dramático

Estados Unidos 3 x 1 Brasil (25-23, 26-28, 25-21, 25-18)

MP: Gibbemeyer, Larson (16), Akinradewo (13) | Carol (11), Amanda (12)

Um grande jogo entre as duas maiores seleções das Américas, que garantiu a liderança isolada dos Estados Unidos como o único time com 10 vitórias. Kiraly apostou em suas duas ponteiras experientes como titulares e deu certo: Larson e Hill foram as melhores atacantes com 15 e 12 pontos no fundamento respectivamente. Mas os elogios ficam pelo paredão de Gibbemeyer, que fase excelente da central! Foram 8 pontos de bloqueio dos 14 americanos, enquanto o Brasil fez 11. Zé Roberto promoveu várias trocas no Brasil e fez bem em dar chances a Carol, maior pontuadora brasileira - Bia não vem bem. Mas o Brasil viu Tandara ser anulada pelas americanas, deixando a quadra no segundo set com apenas 5 pontos e 26% de aproveitamento. Sem Tandara, Roberta perde sua principal referência de ataque. O Brasil até começou bem com a entrada de Monique, mas as americanas reagiram. A oposta teve uma atuação muito ruim, com apenas 4 pontos em dois sets, 18% de apvt.

Se Monique entrou mal no Brasil, Murphy foi um dos nomes da reação dos EUA. A oposta começou no banco para Drews e jogou a partir do terceiro set, pontuando exatamente 8 vezes, como Drews. Daí em diante, sobrou para Lloyd mostrar seu talento e porque é uma das melhores levantadoras do mundo, quebrando o bloqueio brasileiro e disparando o ataque americano com 60 sucessos contra 47 do Brasil. Ressaltando: Robinson está muito bem como líbero!

Americanas comemoraram liderança isolada (Foto: FIVB)

Itália 3 x 2 Holanda (18-25, 25-23, 19-25, 25-15, 15-8)

MP: Egonu (27), Danesi (15) | Sloetjes (25), Plak (10)

Jogo de altos e baixos para as duas gigantes europeias e polarizado em suas opostas, um confronto de Egonu e Sloetjes. As duas seleções têm estilo parecido, inclusive, mas a Itália jogou melhor. Mazzanti voltou a apostar na menina Pietrini, de 1m90 e ela fez 14 pontos. Melhor do que Plak, na Holanda, que não dividiu a responsabilidade com Sloetjes. Morrison deveria desistir de Plak na ponta e deixá-la no banco disputando vaga com Sloetjes. A Itália teve Chirichella bem aquém e Malinov num dia ruim - mas as centrais holandesas compensaram. A Itália foi melhor, mas adivinhem? 35 erros! Contra 28 da Holanda, que também não ficou para trás.

Duplo de Egonu e Chirichella pega Grothues (Foto: FIVB)

China 3 x 0 Rússia (25-21, 25-19, 25-22)

MP: Liu (15), Yuan (14) | Voronkova (14), Ilchenko (13)

Hoje Lang Ping não quis saber de conversa e escalou seu time titular do início ao fim. E a China se recuperou, sem muita complicação. Uma curiosidade tática é que Zhu recebeu apenas uma bola a mais que Liu - o que não é normal na distribuição chinesa. E Liu, que acabou no banco ontem, foi o destaque da partida contra a China. Yuan segue em fase admirável, hoje foram 6 pontos de bloqueio. Mas na china atrás, a central é pouco eficiente. A Rússia fez o esperado: sofreu no passe e só teve suas bolas definidas nas extremas, com Voronkova e Ilchenko definindo. Malykh, eu te adoro, mas que fase medonha você vive! O jogo pelo meio... bom, vocês sabem...

Contrastes: a comemoração chinesa e a decepção de Lyubushkina (Foto: FIVB) 

Japão 3 x 0 Coreia do Sul (25-22, 25-14, 25-20)

MP: Ishii (15), Shinnabe, Kurogo (8) | Kim, Yang, Lee (8), Kim SJ (5)

Segundo clássico asiático da semana, o Japão venceu a Coreia do Sul sem dificuldades. O Japão assistiu à melhor apresentação de Ishii no ano - bom para ela, que andava um pouco abaixo. Já a Coreia teve um desempenho atípico e muito ruim de Kim - apenas 6 pontos de ataque. Algo ruim para o Japão é que seu já tradicional bloqueio baixo não está funcionando. Hoje foram apenas 5 pontos.

Ishii teve sua melhor partida na Liga (Foto: FIVB)

Turquia 3 x 1 Tailândia (25-20, 30-28, 18-25, 25-19)

MP: Baladin (17), Erdem (15) | Moksri (16), Thinkaow (15)

A Turquia venceu mais uma para se aproximar de vez da classificação do Final 6. E finalmente Guidetti deu uma chance para Baladin jogar como titular. É sabido que a ponta-oposta passa mal, mas ataca melhor do que todas as ponteiras do time, se brincar, até melhor que a oposta - que foi substituída hoje por baixo rendimento. A Tailândia segue com baixo rendimento, apesar de ter feito uma partida melhor hoje. As tailandesas estão muito inconstantes, não conseguem fazer um jogo como grupo. Se ontem Kongyot foi o destaque, hoje ela mal conseguiu pontuar; Moksri não jogou bem ontem, hoje foi a maior pontuadora. A Thai não está se controlando em quadra!

Jogo da Tailândia segue bagunçado; Turquia venceu as asiáticas (Foto: FIVB)

Sérvia 3 x 0 República Dominicana (25-19, 25-20, 25-13)

MP: Boskovic (21), Milenkovic (10) | Martinez (10), Peña (8)

Jogo fácil para a Sérvia, que mal tomou conhecimento da adversária caribenha. Nem precisava de Boskovic receber tantas bolas (33), mas a verdade é que nenhuma outra atacante de extrema da Sérvia vem jogando bem na ausência de Mihajlovic. Jogo feio de Zivkovic pelo meio, padrão russo, centrais quase inutilizadas... Mas a Dominicana ainda assim perdeu. Kwiek que me perdoe, de coração, mas que time feio e mal montado, nem parece a RDOM de Cabral e De La Cruz do passado. Nenhuma jogadora dominicana passou de 10 pontos nos ataques. Bom para a Sérvia, que reassumiu a vice-liderança.

Boskovic foi sobrecarregada para vencer a Dominicana (Foto: FIVB)

Polônia 3 x 1 Alemanha (25-21, 21-25, 25-20, 25-9)

MP: Smarzek (29), Kakolewska (17) | Brinker (15), Schoezel (10)

Polônia e Alemanha tendiam a um jogo equilibrado, como mostrou os placares os dois primeiros sets. Mas Lippmann sumiu no jogo: a oposta fez apenas 9 pontos na partida. Aliás, que dia ruim das opostas na Liga. Smarzek e Kakolewska estão jogando muito bem, a oposta segue como a maior pontuadora do campeonato. E a Polônia engoliu a Alemanha no bloqueio, 20 pontos - 9 de Kakolewska. A Polônia chegou a fazer incríveis 16 a 1 no quarto set e fechou em inacreditáveis 25 a 9, subindo na tabela. 

No centro, Smarzek comemora com as polonesas (Foto: FIVB)

Bélgica 3 x 0 Argentina (25-22, 25-16, 25-14)

MP: Grobelna (24), Herbots (8) | Fortuna (8), Anahi Tosi, Agnes Tosi (7)

Nem contra a frágil Bélgica a Argentina conseguiu fazer um bom jogo, o que reforça a tese de que a seleção está muito abaixo de todos os outros rivais. Quem aproveitou para crescer na partida foi a oposta Grobelna, que vinha de uma partida fraca e marcou 24 pontos. A Argentina curiosamente sempre tem as mesmas maiores pontuadoras: Fortuna, Anahi Tosi ou Agnes Tosi.

Grobelna fugiu à regra e comandou vitória sobre a Argentina (Foto: FIVB)

Classificação

1. Estados Unidos - 10 vit.
2. Sérvia - 9 vit.
3. Brasil - 9 vit.
4. Turquia - 8 vit.
5. Holanda - 8 vit.
6. China - 6 vit.
7. Itália - 6 vit.
8. Rússia - 6 vit.
9. Polônia - 5 vit.
10. Japão - 5 vit.
11. Coreia - 5 vit.
12. Alemanha - 4 vit.
13. Bélgica - 3 vit.
14. Rep. Dominicana - 2 vit.
15. Tailândia - 2 vit.
16. Argentina - 0 vit.