LNV - Dia 10: em jogos emocionantes, Brasil bate China e Itália derruba Sérvia

Confiram as análises dos jogos de hoje, 05/06, 10ª rodada da Liga das Nações:

Brasil 3 x 2 China (19-25, 25-23, 27-25, 10-25, 16-14) 

MP: Tandara (19), Adenízia (14) | Zhu (34), Yuan (16)

Em um dos jogos mais emocionantes dessa Liga das Nações, o Brasil finalmente quebrou o jejum contra as atuais campeãs olímpicas, a China. Em um jogo de altos e baixos, a China foi superior em todos os fundamentos - mas errou mais. Excedendo o trágico 4º set do Brasil, o time de José Roberto Guimarães defendeu melhor que a escola asiática, mas atacou mal. No fundamento ataque, a China venceu o Brasil por 66 a 58. 

A China assistiu a mais um show de Zhu, dona de 34 pontos no jogo e assumindo a recepção como normalmente não faz, já que Li foi titular. Yuan também fez grande jogo, terceira melhor atacante da partida. No Brasil, Tandara comandou o ataque e Adenízia salvou o time no bloqueio - foram 7 paredões contra as chinesas. As duas levantadoras sofreram muito na partida. 

Itália 3 x 2 Sérvia (19-25, 25-21, 25-21, 18-25, 15-13)

MP: Egonu (28), Pietrini (14) | Boskovic (26), Rasic (14)

Mais um jogo muito equilibrado e com opostas sobrecarregadas, Boskovic recebeu 59 bolas, Egonu 52. Um jogo muito ruim da Sérvia, sem Mihajlovic o time não teve outra atacante para dividir a responsabilidade. Milenkovic, que em tese assumiria essa responsabilidade, fez 5 pontos, menos do que a "líbero" Blagojevic. A vitória da Itália só não foi mais tranquila, adivinhem porque??? Sim, os erros: 34! A Itália erra muito, dependente de Egonu, considera também errar bastante. Aposta de Mazzanti, Pietrini foi titular e teve um desempenho razoável.

Estados Unidos 3 x 0 Rússia (25-14, 25-18, 25-18)

MP: Bartsch (16), Drews (9) | Ilchenko (13), Voronkova (10)

Os EUA seguem líderes, dando a corda para a Rússia se enforcar sozinho. Se a Itália é conhecida por errar muito, os EUA são opostos: foram apenas 8 erros da seleção americana. As russas deram 20. Ninguém se salvou na Rússia, Ilchenko foi a melhor, Malykh teve atuação triste. Bartsch deu um show pelos EUA, 65% de aproveitamento nos ataques. Uma curiosidade é que, a exemplo de Robinson nos EUA, Kutiukova jogou como líbero na Rússia.

Turquia 3 x 1 Japão (25-17, 25-23, 13-25, 25-11)

- Estatísticas não divulgadas -

O Japão não resistiu ao ótimo campeonato que faz a Turquia. Apesar dos números não divulgados, a oposta Boz foi quem comandou a vitória das europeias. O Japão começou com Uchiseto na ponta, mas com baixo rendimento, Nakada rendeu-se à sua principal atacante, Kurogo. Mas não foi o suficiente para a vitória.

Coreia do Sul 3 x 1 Tailândia (25-16, 25-18, 20-25, 26-24)

MP: Yang (21), Kim (20) | Kongyot (18), Sittirak (16)

Com suas estrelas de volta, a seleção coreana venceu o primeiro dos três clássicos asiáticos da semana. E a vitória serviu para mostrar que Coreia não é só Kim: a central Yang foi a maior pontuadora do jogo. Yang é a melhor central coreana, uma das melhores da Ásia e marcou 7 bloqueios contra as tailandesas. A Tailândia segue fazendo muitas trocas, mas nada parece resolver a inconstância do time.

Alemanha 3 x 1 Bélgica (25-19, 25-21, 22-25, 25-23)

MP: Lippmann (28), Brinker (14) | Herbots (23), Grobelna (16)

A Alemanha se impôs contra sua rival continental: foi muito superior no ataque, bloqueou melhor e até Geerties - que está fazendo um campeonato muito ruim - foi bem. Quem não foi bem e segue decepcionando é Grobelna, que deixa a responsabilidade para a ponteira Herbots - essa sim em grande fase!

Holanda 3 x 0 R. Dominicana (25-22, 25-21, 25-18)

MP: Sloetjes (18), Belien, Plak (10) | Martinez (19), Peña (11)

Nunca tenho muito o que dizer da Dominicana. É uma seleção de passe frágil, levantamento ruim, centrais limitadas por esses levantamentos, uma grande e uma boa atacante. A Holanda ainda se deu ao luxo de jogar com várias jogadoras reservas, como Plak, Stoltenborg e Lohuis. 

Polônia 3 x 0 Argentina (25-11, 25-14, 25-20) 

MP: Smarzek (20), Medrzyk (10) | Fortuna (8), Anahi T. (6)

Nenhuma surpresa também na vitória polonesa e em outra partida ruim da Argentina. Aliás, com todo o carinho e respeito às argentinas, o voleibol delas é destoante de todos os outros times. Mas claro, é uma seleção em reconstrução. A Argentina é oficialmente a primeira eliminada na fase de grupos da Liga das Nações e séria candidata a ser rebaixada.