LNV - Dia 8: Rússia surpreende Turquia, EUA e China vencem clássicos continentais

Confira os resultados da 8ª rodada, 3ª semana da Liga das Nações:

Rússia 3 x 2 Turquia (25-23, 19-25, 23-25, 25-20, 15-11)
MP: Voronkova (20), Lyubushkina, Malykh (16) | Erdem (16), Ismailoglu (14)

Talvez o resultado mais inesperado, devido às suas campanhas, a Rússia teve Voronkova provando hoje que o futuro da seleção passa por suas mãos. A ponteira é de longe a melhor atacante do país no torneio e teve uma grande atuação hoje. E não é que a Lyubushkina do italiano reapareceu? A central fechou as portas para as turcas, 8 pontos de bloqueio. Aliás, a Rússia deu uma aula de bloqueio nas turcas, 22 a 13. Da Turquia, salva-se Erdem, maior pontuadora do jogo que fez 7 aces na Rússia! Nas extremas, Ismailoglu foi a melhor com 12 pontos. Guidetti fez várias alterações, provavelmente com o intuito de testar suas jogadoras. Nem Boz e nem Karakurt foram eficientes na saída.

Voronkova comandou a vitória sobre a Turquia de Erdem e Boz (Foto: FIVB)


China 3 x 0 Japão (25-21, 25-19, 25-17)
MP: Zhu (19), Gong (10) | Kurogo (17), Uchiseto (13)

Depois da vitória sobre a Itália, o Japão veio com moral para enfrentar a China. Mas é a China, que nem se deu conta dessa moral. No clássico de arquirrivais asiáticos, a China venceu com facilidade a seleção rival. Um detalhe impressionante: o Japão não conseguiu um ponto sequer de bloqueio contra as chinesas. Já elas marcaram 12 no fundamento, 6 deles de Gong, com bloqueio de central no jogo. E claro, Zhu mostrou seu repertório com 17 pontos de ataque, 50% de aproveitamento. Mas o Japão foi muito melhor do que a China em ataques, inclusive, se não fosse Zhu, seria pior ainda. A notícia boa para a técnica Nakada é que a ponteira Kurogo segue jogando muita bola! A ruim é que Ishii vai no sentido oposto...

Yan e Gong marcam ataque de Kurogo; Japão não conseguiu bloquear a China e tomou 12x0 no fundamento (Foto: FIVB)


Itália 3 x 0 Argentina (25-15, 25-16, 25-18)
MP: Chirichella (11), Danesi, Sylla, Egonu (8) | Anahi T. (9), Fortuna (6)

A Itália cumpriu sua obrigação enfrentando a renovada seleção da Argentina. Mesmo assim, não fez um jogo bom, cometendo 22 erros - por que a Itália erra tanto? As argentinas retribuíram com 28. Chirichella foi a única jogadora da partida a passar dos 10 pontos, somando 11 - 5 ataques, 1 ace, 5 bloqueios. E a jogadora que mais pontuou em ataques foi uma argentina: a oposta Anahí Tosi. A Itália jogou novamente com o time principal.

Malinov e Chirichella marcam bloqueio de Fortuna (Foto: FIVB)


Alemanha 3 x 2 Tailândia (25-23, 28-26, 23-25, 22-25, 15-10)
MP: Lippmann (22), Brinker (20) | Kongyot (22), Bamrungsugk (17)

A Tailândia segue sem vencer em casa e foi derrotada hoje pela Alemanha. Mas as alemãs quase tomaram uma virada depois de perderem a paciência com a ótima defesa da Tailândia e exagerarem nos erros. Mas quando Brinker brilha na Alemanha, é difícil batê-la, já que Lippmann jogar bem é quase habitual. Na Tailândia, elas mudam muito, mas não conseguem se estabilizar nas extremas. Hoje o dia bom foi de Kongyot, mas Sittirak jogou mal. As centrais foram bem, mérito de ter a veloz Tomkom no levantamento - mas o bloqueio alemão engoliu as rivais, 17x8.

Alemanha comemorou a segunda vitória na competição (Foto: FIVB)


Brasil 3 x 0 Polônia (25-20, 25-20, 25-23)
MP: Tandara (21), Carol (14) | Smarzek (18), Kakolewska (10)

O Brasil jogou com seriedade e venceu a Polônia sem dificuldades. Tandara comandou a equipe mais uma vez, sendo a maior pontuadora e a melhor atacante da partida. A Polônia não tem surpresa em seu jogo, só mostrou Smarzek sobrecarregada. A equipe sente falta da levantadora Wolosz, Plesnierowicz é muito jovem e não tem experiência internacional. Curiosamente, Brasil e Polônia são duas das equipes que menos fizeram alterações em seu elenco até agora na Liga das Nações e que normalmente jogam com o mesmo time.

Tandara foi mais uma vez o destaque contra a Polônia (Foto: FIVB)


Estados Unidos 3 x 0 R. Dominicana (25-20, 25-23, 25-21)
MP: Bartsch (19), Hill (16) | Martinez (19), Peña (13)

Clássico da Norceca sem sustos para os EUA: a seleção americana passou com um 3 a 0 sobre o time de Kwiek, sem muita surpresa. As dominicanas não apresentam muita surpresa em seu repertório, não há nada muito diferente, novo ou especial. Kiraly percebeu o potencial de Bartsch e segue apostando na ponteira como titular, desta vez com Hill. Uma baixa para os EUA é que Adams não faz um bom início de temporada - provavelmente em consequência da temporada no banco do Eczacibasi. Na RDOM, Martinez foi o destaque mais uma vez. O time sofreu bastante no passe, problema já conhecido das caribenhas. 

Hill ataca pipe e ultrapassa bloqueio simples de Arias (Foto: FIVB)


Holanda 3 x 0 Coreia do Sul (25-18, 25-10, 25-12)
MP: Sloetjes (16), Buijs (10) | Park (7), Kim JY, Kim HJ, Kang, Park EJ (4)

Nem tem muito o que se dizer: a Holanda passou pela Coreia como um treino. Morrison ainda deu-se ao luxo de testar jogadoras como Daalderop (jogou um set, voltando de lesão) e Polder e colocar Buijs e Plak juntas no passe. Sloetjes comandou o setor ofensivo. Na Coreia, ninguém jogou bem e sem Kim YK e com a oposta Kim HJ jogando no meio, sobra tudo para a ponteira Park.

Holanda atropelou a seleção desfalcada da Coreia do Sul (Foto: FIVB)


Sérvia 3 x 0 Bélgica (25-20, 25-16, 25-13)
MP: Mihajlovic (16), Milenkovic (13) | Van Gestel (9), Herbots (8)

Mesmo jogando com um time praticamente reserva e com Mihajlovic e Milenkovic em quadra, a Sérvia foi totalmente superior à Bélgica. E literalmente: atacou, bloqueou, defendeu, sacou e recepcionou melhor, além de errar menos. Chamo a atenção para o número de ataques: 43 sucessos sérvios contra apenas 29 belgas. Van De Broek apostou em Goliat como oposta titular e não deu certo, Grobelna voltou e não deu certo, Herbots caiu de produção - a Bélgica virou refém da potência europeia. Um fato negativo foi o baixo aproveitamento da oposta Bjelica, com apenas 8 pontos, 30% de aproveitamento.

Time titular da Sérvia ficou no banco e mesmo assim vitória contra a Bélgica foi fácil (Foto: FIVB)

Classificação


  1. Estados Unidos
  2. Sérvia
  3. Brasil
  4. Holanda
  5. Turquia
  6. China
  7. Rússia
  8. Coreia do Sul
  9. Itália
  10. Japão
  11. R. Dominicana
  12. Tailândia
  13. Bélgica
  14. Polônia
  15. Alemanha
  16. Argentina

Comentários

  1. O problema desse time polonês é a levantadora. O time tem duas centrais altíssimas e pouco utilizadas. Vai entender..

    A respeito da Rússia, tô gostando da Romanova e Voronkova (destruidora). Lyubushkina representando o principal fundamento russo, detonou.

    Rindo horrores da Bjelica hahahahahahaha

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    1. Plesnierowicz é um preço que a Polônia paga por ter várias levantadoras estrangeiras em sua liga. O time dela, Bielsko-Biala, foi apenas o 7º colocado do último polonês. E a sua reserva, Nowicka, era reserva dela no clube também hahaha.

      Romanova trabalha melhor com as centrais do que a Startseva. Malykh é uma decepção, deveria sair da Rússia. Lyubushkina ressuscitou.

      Quanto à Bjelica, meu Deus, não substitui a Boskovic...

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    2. Adoro seus posts , um dos meus únicos meios pr acompanhar o vôlei . Compreendo perfeitamente que Malykh está decepcionando nesta VNL e ontem chegou a estar com 4 pontos de em 3 sets . Mas a partir do quarto set , ela cresceu e foi decisiva , juntamente com a Voronkova. Claro q o rendimento dela poderia ser 100% melhor , mas acho q não deveria sair da seleção

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  2. Como bate forte essa Voronkova, que potência! !!!!!

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    1. Confesso que ela calou minha boca.

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    2. Prefiro a Kosheleva sem passe do que a Voronkova. Kosheleva pelo menos é mais constante e confiável no ataque, e a Voronkova poderia entrar na inversão.
      Kosheleva+Parubets+Goncharova
      Malygina e Malykh nem considero... kkkkkk

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  3. Voronkova + Parubets + Goncharova, Rússia vira outra! Trocar a libero e a levantadora o time fica bom! Esse Pankov foi burro em ter dispensado a outra, por causa da filhinha obesa dele! Que só enxerga Goncharova! Rússia cai,cai mas uma hora pode despencar igual Cuba e não ter mais volta!

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    1. Voronkova é melhor opção que Kosheleva, pelo simples fato de uma passar e a outra não. 2018 e eu espero que a Rússia entenda que NUNCA vai ganhar NADA a nível mundial com Kosheleva e Goncharova em quadra, ainda mais agora sem a Malova.

      Filishtinskaia era minha esperança no levantamento, pôs Fetisova para jogar como nenhuma outra levantadora russa nunca fez. Voltamos à era de Startseva, Vetrova (péssima) e Pankova (nem comento). Romanova é a melhorzinha, fruto do trabalho de Karpol.

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    2. O numero de Pontos que Voronkova marca é o mesmo de numero de pontos que da pro adversario em erros, ela teria que jogar passando uma area minima da quadra,

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  4. Fabíola foi Campeã e MVP da Copa da Russia jogando sem passe, então Fabiola está acostumada a não ter passe A.
    Eu escalaria o SESI-BAURU com TIFANY-PALACIO-DIOUF-ANDRESSA-VALQUIRIA e FABIOLA: o time mais alto de todos os tempis da Superliga!

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    1. Esse esquema funcionava lá na Rússia, mas aqui a coisa é diferente

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    2. Acho que vc errou o post, mas tá valendo hahaha.

      Se você tiver um trio com Tifanny, Diouf e Edinara (acho melhor que a Palacio), você não precisará muito de passe haha. Mesmo porque as centrais do Bauru não são grandes atacantes... Eu viria com esse trio.

      Sobre passe, um bom técnico resolve. Vide Pequim com Paula e Mari nas pontas ou Bernardinho sendo campeão com Regiane e Érika. Tudo depende de trabalhar duro!

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  5. To Fly: pergunta de prova:
    Como a POLÔNIA tem as 2 melhores levantadoras do CAMPEONATO ITALIANO, WOLOZ e SKORUPA, e nenhuma delas está na seleção???

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    1. Devem estar de férias, ambas fizeram a final do italiano e participaram da Champeons League

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  6. Vai ter confrontos: Rússia X Brasil, no Masculino e Feminino, na próxima rodada de ambos os torneios. No Masculino acredito em vitória russa e no feminino vai depender do confronto Voronkova X Tandara.

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