De Kruijf revela mágoa com Guidetti e acredita que dinheiro levou o técnico à Turquia

Robin De Kruijf é uma das melhores centrais do mundo. Com 26 anos, já passou pro grandes clubes do voleibol mundial, como Dresdner, Piacenza, Vakifbank e atualmente defende o Conegliano. Em entrevista ao jornal NRC Handelsblad, da Holanda, Robin falou sobre sua vida, carreira, a equipe holandesa e o assunto mais polêmico: a saída de Guidetti da Laranja. Confiram:

Robin de Kruijf (Foto: Divulgação)

Um cachorro?

Sim, às vezes me comparo a um cachorro. Nos dias em que eu tenho muita energia, posso aproveitar tudo isso para treinar. É por isso que eu acho que a posição de meio é tão divertida: correr, pular, lutar pela bola, deliciosa!

Foto: FIVB

O voleibol holandês, antes 

Nós não éramos fisicamente, taticamente e tecnicamente boas o suficientemente há algum tempo. Não éramos realistas. Havia uma diferença entre objetivo e sonho. Somente agora somos uma equipe de topo.

Uma liderança

Muitos disseram que poderíamos obter o lugar mais alto, mas precisávamos de alguém para nos guiar. Com (Giovanni) Guidetti nos tornamos melhores jogadoras de voleibol. Após o nosso segundo lugar no Campeonato Europeu de dois anos atrás, nos Países Baixos, começou essa bolha. Então percebemos que mesmo os Jogos Olímpicos eram viáveis. Estávamos, em todos os sentidos, prontas para os passos até o topo.

Giovanni Guidetti durante a olimpíada do Rio (Foto: FIVB)

A saída de Guidetti 

Sua filha foi uma boa desculpa, mas não acredito nisso. Foi uma história plausível. Ele deveria ter falado a verdadeira razão, que provavelmente foi dinheiro. Eu acho que ele estava sob a pressão do Vakifbank, patrocinador da seleção turca, e sua posição no clube provavelmente estava em jogo.

Promessas Quebradas

Ele estendeu o contrato e ele nos falou que acreditava em nós. Que trabalharíamos para as Olimpíadas de 2020 em Tóquio e que ganharíamos uma medalha lá. Ele nos prometeu um sonho. E então, alguns meses depois, saiu, e isso foi muito fácil por e-mail. E eu também estava desapontada. Como se ele nos deixasse, como ele não se importasse mais com a gente.

Mágoa e rivalidade

(De Kruijf disse que não há ódio contra, que não conversou com o técnico e que nem precisa. Mas que não há rancor, que o cumprimentaria de relance. E que responderia ao técnico de outra forma, quando enfrentassem a Turquia)

Então vamos mostrar a Giovanni o que ele perdeu.

 (Foto: FIVB)

Convivência em equipe

Estamos bravas em quadra, até mesmo ferozes, mas nunca hostis. Se você quer ser melhor, você deve se encontrar. Todo mundo sente uma forte responsabilidade pela seleção. Não há quase nenhuma penalidade a ser declarada. Por exemplo, se alguém chegar tarde demais, o desgosto do grupo é suficiente. Você realmente não quer lutar pela equipe".

A derrota na Olimpíada do Rio

Eu nunca vi essa partida (a semifinal em que a China venceu a Holanda por 3x1). Eu não quero mais ver as imagens, não posso fazer isso. Estávamos tão perto! E então a China seria campeã olímpica mais tarde, é muito doloroso. Nesses jogos é importante atacar todas as bolas bem. E não apenas um centímetro demais para a direita, porque a bola sai, como aconteceu comigo.

 Decepção de De Kruijf e Grothues após eliminação no Rio (Foto: FIVB)

Carreira e vida internacional

Meu futuro estará no exterior. Nunca tive um namorado holandês. Meu atual? É do Brasil.

(Matéria original neste link)