Grand Prix: 18 curiosidades sobre o torneio que, depois de 25 edições, chegou ao fim

Em 2017, a FIVB decidiu encerrar o tradicional Grand Prix. Depois de 25 edições do torneio anual, a competição deve ser substituída por uma versão do naipe feminino da Liga Mundial de Vôlei. Mas antes de nos despedirmos do torneio, elencamos 18 curiosidades a respeito de suas edições. Confiram:

1. LÍDER ISOLADO
O Brasil é o maior campeão do torneio. São 12 títulos em 24 participações. Das 24, em 19 o Brasil saiu com medalha.

Brasil no pódio em 2017 (Foto: FIVB)

2. PONTUAIS
China e Japão são as duas únicas seleções que participaram de todas as 25 edições do torneio.

3. COMEÇO E FIM
Cinco países estrearam na última edição do torneio: França, Camarões, Hungria, Trinidad e Tobago e Venezuela jogaram seu primeiro e último Grand Prix em 2017.

4. PREFERÊNCIA ASIÁTICA
Dentre as 25 edições, 21 tiveram a fase final em países da Ásia: 13 na China, 6 no Japão, 1 nas Filipinas e 1 na Tailândia. As exceções são 3 na Itália e 1 nos Estados Unidos.

5. EM TERCEIRO TRÊS VEZES
A Sérvia só começou a jogar o Grand Prix em 2011 e desde lá conquistou três bronzes.

Sérvias comemorando o bronze em Nanquim (Foto: FIVB)

6. MVP's
Das 25 premiações de MVP's, 11 foram dadas a brasileiras, 7 a americanas, 3 a russas. Cuba, Itália, Holanda e Japão completam as exceções com uma premiação cada.

7. DUPLO MVP
Só quatro jogadoras ganharam mais de um MVP: as brasileiras Leila Barros (96 e 98), Sheilla Castro (06 e 09), Natália Pereira (16 e 17) e a russa Evgeniya Artamonova (97 e 02). 

8. HEGEMONIA BRA-EUA
Há dez edições consecutivas, os campeões são os mesmos: Brasil ou Estados Unidos. O Brasil ganhou seis desses, os EUA, quatro.

Natália enfrenta triplo americano (Foto: FIVB)

9. TÔ VENDO DAQUI DE CIMA
A última vez em que o Brasil ficou fora do pódio foi em 2007.

10. CRESCIDO E MULTIPLICADO
O primeiro Grand Prix, em 1993, foi disputado entre apenas 8 equipes. Em 2017, teve seu recorde: foram 32.

11. ISSO NÃO SE FAZ!
Em 2015, a Coréia do Sul anunciou sua retirada do torneio. Em 2016, acabou punida pela FIVB, retornando à segunda divisão do campeonato somente em 2017.

12. TODOS SÃO BEM VINDOS!
Em 2014, a FIVB instituiu pela primeira vez a divisão das seleções do Grand Prix em três grupos. A divisão durou apenas quatro edições.

13. IT'S TIME FOR AFRICA
Até 2013, uma seleção da África (CAVB) nunca havia disputado o Grand Prix. A estreante foi a seleção da Argélia, que terminou em 20º lugar na edição.

Argélia foi a primeira seleção africana a jogar no Grand Prix (Foto: FIVB)

14. EMOÇÃO OU CÁLCULO?
Das 25 edições do Grand Prix, 14 tiveram sua fase final disputada no sistema round-robin, ou seja, todos contra todos, sem final. 11, portanto, tiveram jogo decisivo.

15. SEMPRE FORTES 
A China é a seleção que mais se classificou à fase final do campeonato. Das 25 edições que participou, só em 1997 foi eliminada na fase de classificação.

16. QUASE RAINHAS
A República Dominicana é a seleção com mais participações no torneio, 14, que nunca disputou a fase final.

17. SEM AS CHICAS
Cuba participou de 22 edições do Grand Prix, sendo a quinta seleção que mais jogou o torneio. Entretanto, em 2017 pediu dispensa alegando problemas financeiros.

18. AFRONTOSA MELLO
Em 1996, Brasil e Cuba fizeram partida decisiva pelo título. As brasileiras se vingaram na derrota na olimpíada, o que desencadeou numa segunda briga, com direito a Regla Torres correndo atrás de Ana Paula.

Comentários

  1. Faltou falar da partida seguinte, entre Brasil e Rússia, que definiu o título do Brasil. Foi uma partida na qual o Brasil estava com o banco super reduzido pq algumas jogadoras foram suspensas depois da briga contra as cubanas e outras estavam lesionadas. Foi uma partida de superação, no limiar entre a emoção e o possível. Jamais esquecerei do choro da Fernanda Doval, logo após o último ponto. Era uma mistura de alegria e alívio.

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    1. Não sabia dos detalhes dessa história 😄

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    2. Lembro da final de 1995 Brasil x EUA, as brasileiras eram favoritas, mas TARA CROSS BATTLE, na epoca ponteira do Leite Moça, desequilibrou, mesmo o jogo indo pro tie break. No final 3x2 para EUA. Assistir em uma madrugada do domingo com narração do saudoso Luciano do Valle.

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  2. Ana Paula mexe mas na hora do pau corre.

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  3. Bem feito para a situação de Cuba hoje.

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  4. Na verdade só haverá uma mudança de nome de GP para LIGA MUNDIAL, na essência tudo continua a mesma coisa: um torneio anual entre seleções nacionais de vôlei. O motivo da troca de nome do torneio pela FIVB foi uma estratégia de MARKETING para tentar atrair mais patrocinadores, já que como GP não estava sendo atrativo e lucrativo para a FIVB. A FIVB tenta trazer e força da marca LIGA MUNDIAL, consolidada no torneio masculino, também para o torneio feminino e, com isso, atrair mais patrocinadores.

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  5. Vai mudar o nome, a fórmula, o número de participantes, a quantidade de etapas, a forma de qualificação, os valores de premiação e etc.

    Sobre a questão dos patrocínios, não acho que é bem assim que funciona... Você tem alguma fonte sobre essa questão?

    Obrigado por comentar sempre!

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    1. Bom Dia TO FLY, muito obrigado pelos textos sempre com assuntos interessantes.
      Em relação à mudança de nome de WGP para WORLD LEAGUE:
      Um exemplo de torneio que já mudou de nome, mas que na verdade continua sendo a mesma coisa na essência foi a Montreux Volley Masters, que foi fundada como Coupe des Nations(COPA DAS NAÇÕES, em PORTUGUÊS), depois como estratégia de marketing, mudou de nome para BCV Volley Cup, e agora está como MONTREUX VOLLEY MASTERS, mas, no fundo, é o mesmo torneio organizado pela FEDERAÇÃO SUÍÇA DE VOLEIBOL e reconhecido pela FIVB.
      Como está no seu próprio texto, com o nome WGP, o torneio já teve diferentes número de participantes, formas de disputa, divisões etc...
      Porém, com a mudança de nome, a FIVB quer usar a marca WORLD LEAGUE que já é forte e consolidada no VOLEI MASCULINO, também para o FEMININO.
      Isso é uma estratégia de MARKETING tanto para fortalecer a marca WORLD LEAGUE, quanto para valorizar o volei feminino para os investidores,tentando elevar ao patamar do torneio masculino, unificando os dois torneios anuais na marca WORLD LEAGUE.
      A FIVB não quer mais arcar com despesas de equipes deficitárias como foi com o KENIA em 2016, por isso a FIVB quer formar um grupo de ELITE com seleções de países que investem realmente no vôlei e que tragam dinheiro e mais popularidade ao esporte.
      Por isso, como vc citou no texto, a maioria dos torneios tem sido na ÁSIA, pois os países ASIÁTICOS são os que mais injetam dinheiro no ESPORTE VÔLEI, são populosos e onde o volei tem grande audiência.
      Não a toa, KOREA, TAILÂNDIA, JAPÃO E CHINA terão vaga cativa na LIGA MUNDIAL feminina, mesmo a KOREA tendo perdido a final da segunda divisão pra POLÔNIA.
      A FIVB quer países com GRANA e que invistam bastante dinheiro no VÔLEI na LIGA MUNDIAL.
      Nesse quesito, seleções de países em que suas federações não investem muito no esporte ou não atraem patrocinadores como é o caso atual de KENIA e até de CUBA, vão acabar perdendo espaço nessa nova LIGA MUNDIAL, pois a FIVB não quer bancar e gastar dinheiro com quem não traz dinheiro para o esporte...

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  6. Que saudade do volei dessa época da rivalidade BRASIL X CUBA...
    Saudade das jogadoras jogando de calcinhas...
    Saudade da BAND transmitindo vôlei na TV ABERTA...
    Saudade da musa ANA PAULA...

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