Seleções correm contra o tempo para recuperar jogadoras para Olimpíadas

A maioria das seleções olímpicas corre contra o tempo para recuperar seu plantel principal para os Jogos do Rio. Brasil, Estados Unidos, China, Rússia, Holanda, Itália o que todas essas seleções têm em comum, é que correm contra o tempo para recuperar jogadoras afastadas, seja por lesão e até por gravidez. Nós contamos esses desfalques agora:

Brasil

O técnico José Roberto Guimarães luta para que a levantadora Josefa Fabíola recupere sua forma física a tempo de disputar os Jogos Olímpicas. Fabíola estava grávida e teve sua filha, Annah Vitória, no final do mês de maio. A jogadora foi acompanhada durante toda a gravidez pelo setor médico da seleção e está em Saquarema para preparação física, devendo integrar-se ao grupo principal nas próximas semanas. A disputa de Fabíola é com a pouco experiente Roberta Ratzke, levantadora campeã da Superliga 2016 pelo Rexona.

Fabíola e a filha Annah Vitória. Jogadora teve o parto em maio


Estados Unidos

O time americano viu agravar-se o quadro físico de Megan Hodge-Easy. A ponteira americana sofreu uma lesão no joelho ainda na disputa do campeonato italiano. Hodge fez grande temporada e recuperou sua melhor forma depois da gravidez. A jogadora seria com certeza uma das 4 ponteiras de Karch Kiraly nas Olimpíadas, mas agora é dúvida. Os EUA não divulgaram prazo de recuperação de Hodge, mas provavelmente a jogadora não vai se recuperar a tempo. Sua substituta natural é Michelle Barstch, campeã alemã pelo Dresdner e até mesmo com a segunda líbero da seleção americana Natalie Hagglund.

Megan Hodge sofreu lesão durante disputa do italiano


China

Embora Lang Ping tenha um leque de opções, também tem um bom conjunto de lesionadas e jogadoras com problemas físicos. Sua maior dor de cabeça é a ponteira Ruoqi Hui que pegou a todos de surpresa em 2015 por perder a consciência durante um jogo devido a um problema cardíaco. Hui retornou à seleção em 2016, mas desde então vem sendo cautelosamente preparada para sua melhor forma. O que não aconteceu nesse domingo, já que por razões de saúde a ponteira foi poupada da partida contra a Tailândia. A substituta de Hui pode ser naturalmente Xiaotong Liu, uma jogadora com mais recursos defensivos e estilo que melhor se assemelha ao de Qi, além de Yanhan Liu, essa com maior potencial ofensivo. Jenny tem ainda problemas com a levantadora Quiyue Wei, titular até se lesionar no último ano. Ping luta para recuperar a melhor forma de Wei, mas sequer a utilizou nesse GP.

Ruoqi Hui é tratada com cautela por problema cardíaco


Rússia

Yuri Marichev fez uma preparação básica para 2016 que tinha como pilares Goncharova e a ponteira Tatiana Kosheleva. Mas durante todo o ciclo Kosheleva sofreu com lesões e mais recentemente sofreu um problema simples nas costas e passa agora por processo de reabilitação e fisioterapia, mas pode não se recuperar a tempo dos Jogos Olímpicos. Essa é até então a pior lesão para uma seleção olímpica, já que a Rússia é totalmente dependente de Kosheleva e não tem substitutas à altura. Estreante na seleção, Daria Malygina que é originalmente oposta pode ser a jogadora a assumir a obrigação de ponteira de definição. Marichev cortou a outra ponteira de definição da Rússia, Irina Voronkova.

Livre de dores e em reabilitação, Rússia sofre na ausência de Tatiana Kosheleva


Holanda

Como se já não bastassem os problemas da Holanda com as ponteiras, agora ela tem mais um: Maret Grothues sofreu um estiramento no joelho e deve ficar afastada das quadras por no mínimo duas semanas. Portanto, inicialmente não deve ser ausência nos Jogos Olímpicos. Uma boa opção para Giovanni Guidetti é a versatilidade de Debby Stam-Pilon como ponteira e líbero, já que a jogadora começou a carreira nessa posição.

Maret Grothues sofreu lesão no joelho e perdeu as finais do Grand Prix


Itália

A azurra sofre na posição de levantadora. As duas levantadoras escaladas para o GP 2016 se lesionaram. Noemi Signorille teve uma lesão ainda antes do torneio e pediu dispensa da seleção . Já a titular Alessia Orro sofreu uma torção no tornozelo durante partida contra a Tailândia e provavelmente não se recuperará a tempo dos Jogos. A alternativa de Marco Bonitta foi trazer novamente a experiente Eleonora Lo Bianco à azurra. Mas Signorille não é única ausência da seleção, Alessia Gennari sofreu uma lesão no joelho e só deve estar apta a jogar dentre 10 e 20 dias, tornando quase improvável sua vinda ao Rio. A jovem Anastasia Guerra é provavelmente a mais cotada para assumir o lugar de Gennari, além da possibilidade de Bonitta usar 2 líberos.

Alessia Orro sofreu lesão durante disputa do Grand Prix

Comentários

  1. As Olimpíadas perdem demais sem Kosheleva, craque dentro e fora de quadra, mas em toda a carreira sofreu com lesões que são até simples, foda o Marichev só fazer burrada cortando as melhores jogadoras, Voronkova e até a Pasynkova e a Bavykina q nem foram convocadas eram importantes nesse time, perde ele q resolveu levar a Ilchenko. A Easy é um caso a parte, nem acho q deveria ter voltado a jogar nos playoffs do italiano, mt perigoso pra uma jogadora q veio de um ano cuidando do filho e acabou de ter uma lesão séria forçar assim pode comprometer a carreira dela. Holanda e China nem precisam preocupar, as jogadoras recuperam rápido, quem se deu bem foi a Itália, apesar da Gennari estar com um pé fora do Rio (é nova, com ctz vai estar em Tokio 2020), Lo Bianco é uma das levantadoras craque da geração sidney/londres e vai ajudar demais, só n entendo o Bonitta bancar a Orro quando tem a Malinov, mas ganha demais a azurra.

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  2. Acho que a Kosheleva se recupera a tempo.. Sem ela a Russia nem chega as Semis, levou sufoco até da Tailandia nesse GP..

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  3. Espero e torço muito pela vinda da Kosheleva e recuperação da Fabiola jogadoras como elas fazem muita falta numa olimpiada.

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  4. A Easy está oficialmente fora dos jogos, ao contrário da Grotheus, q teve seu nome nas doze jogadoras holandesas que virão ao Rio. Hui não complicará em nada o esquema tático chinês se não estiver entre as escolhidas. Creio que mesmo que não esteja no melhor ritmo, Fabíola ficará com a vaga pela experiência, já que nos momentos chave da final do Grand Prix, Roberta parecia insegura. Kosheleva mesmo não estando 100% vem ao Rio. Marichev pode deixar pra usá-la apenas em jogos decisivos, embora corra o risco de complicar sua situação física. A Orro de todas me parece a menos importante, tendo em vista a volta de Lo Bianco à seleção... e pra ser sincero, prefiro a Malinov com seu estilo de jogo ousado.

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